sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Pequeno coração de tinta tenho estado ausente. Não te preocupes, continuas com a mesma cor, eu é que fiquei fora da aguarela do teu sentimento, mas meu amor continuamos a namorar. Estás mais quentinho agora que sabes que voltei não é - as perguntas retóricas sempre te fascinaram - e eu estou muito mais alegre de ter voltado para o teu lago vermelho, ou azul, ou amarelo, ou verde ou arco íris.
Os teus olhos continuam ausentes da dor e do frio dos dias lá fora, continuas tão homem e tão capaz de me elevar aos céus. Eu sei que sempre foste assim, também sabes que eu sempre serei pequena e sempre terei o nariz frio, mas a verdadeira razão do nosso amor é esta. A felicidade acima de temperaturas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Mas não sou completa, não. Completa lembra realizada. Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada instante da vida e do mundo. Eu vivo completando-me… mas falta um bocado.
E eu nunca soube ser completa, sempre vivi com falta de algo, com carência de sentimentos, com medo de naufrágios amorosos, com rancores enfeitiçados, com modéstia nas palavras e sinceridade nos olhos. Menina de mil estrelas e de uma só cadente, feita de pétalas de rosas com uma coroa de ouro, pequena na dúvida e determinada na causa. Respiração ofegante e gemidos tremidos. Beija flor e trinca discussões. Tão simples e tão pura, tão incerta, tão eu. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011


Todos os dias abro uma lição. Lição essa que me separa de ti. E eu não peço que me ames sempre mas que tenhas sempre a noção que te amo. Não quero conversas sobre o que fiz de mal porque o tempo já é escasso por si só e quando chegamos ao tempo real, já meio dia tem passado e o auge do que te tenho para dizer já não se enquadra ao resto do meio dia que falta. 
E falo sempre devagar. Para não deixar margem para dúvidas, ou erros nas entrelinhas, ou dificuldade nas respostas. Raramente elevo a conversa ao que aconteceu, falo do que acontece e como habitualmente, tenho sempre imensa vontade de falar do que acontecerá. 
Escrevo o sumário. Aquele conjunto de frases que dita o destino. Destino esse que por enquanto não está junto ao teu. Estou longe, longe de ti e sinto-me tão perto. Faz-me confusão e ridiculariza a ideia de amor. 

domingo, 27 de novembro de 2011


Assim se pode ver o tamanho do meu egoísmo. Com tanta coisa a acontecer e eu só penso em nós. Em nós e no nosso grande e delicioso amor. Ontem deste-me a provar mais um bocadinho da nossa partilha. Gostei, amei, explodi com tantos mimos e dormi muito mais quente. És a única memória boa que tenho, esqueci o resto. Todo o resto que me massacra e me tenta derrotar com tamanha fluidez. Fomos heróis até à noite. Fomos e sempre seremos, como nunca antes alguém foi. 
Hoje posso imaginar-te a meu lado, daqui a longos anos, sem rugas, sem flacidez, apenas amor. Muito amor nestes dois corações que se soubessem os sortudos que são por se terem encontrado, jamais pensaria ficar um sem o outro. Quero milhões de gritos em teu nome, em nosso nome. Quero enormes beijos divididos pelas nossas mães que nos acompanham com tamanha alegria. Quero paz e amor, saúde e felicidade. Quero-te a ti e a nós.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


e somos tão gigantes em palavras e tão pequeninos em acções. e queremos um universo de amor e uma migalha de carinho. choram as nuvens pelo teu agrado e rezam os céus pela minha paciência, que é tão santa quanto a tua, mas tão mais funcional que qualquer outra. cruzam-se as ideias e renovam-se os desejos, altera-se o passado e faz-se rejuvenescer o futuro.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

232



Preciso de fumo, imenso fumo. As ideias andam a ficar bastante nitidas e eu não as quero conseguir ver. É estranho eu sei, mas é assim que quero viver. Escondida daqueles fantasmas endiabrados com ideias estonteantes e novidades ciumentas. Não me quero enrolar nesse imenso império de desilusões perdidas, especulando acontecimentos tardios e dolorosos. Entendes? Entendes o porquê de eu fugir da brisa toda a vez que me encontro sozinha? Tenho muito medo do que ela me possa dizer. Novidades relacionadas contigo  são tão difíceis de receber que preparo sempre o coração para males maiores do que é. E como ele palpita assim que vê a chegada da tua mensagem, começa por saltitar devagarinho e acaba sempre por tentar saltar para fora do meu corpo. Anatomia? não é disso que estamos a falar, a filosofia das palavras trama-nos ás vezes, mas eu sei o rumo desta conversa, sou eu que a estou a dirigi-la. 
Estar longe de ti mas tão perto ao mesmo tempo confunde-me, estás a acompanhar o meu raciocínio? Eu sei que está frio, e que lá fora a noite já caiu há algum tempo, mas é muito importante que entendas o porquê desta conversa a esta hora.
Eu não quero mais discussões sobre o nosso amor, que ambos sabemos que é tão puro como a água cristalina que vai caindo naquela fonte ao lado da tua casa, essas discussões são tão amargas e desnecessárias que falar delas é completamente um vazio. Um vazio fundo, uma espécie de buraco negro das coisas más.
Só quero que continuemos a caminhar sobre o mesmo passeio, esquece que existe passadeiras seguras para te levar para o outro lado, continua a meu lado, sobre o mesmo caminho e falar sobre o mesmo tema, o meu nariz e o nosso amor. 
Quando receberes este recado, oferece uma migalha ao passarinho que te o deu, ele merece o esforço de ter carregado algo tão pesado nesta noite de desassossego. Aguardo pela resposta.

domingo, 13 de novembro de 2011


São luzes tão raras e tão minuciosas que se nos aproximarmo-nos  tornam-se tão mais belas e mais perfeitas. São as nossas luzes, brilhantes e intensas, tal e qual como o nosso amor que é imenso e eu preciso tanto dele.
Temos tantas coisas em comum que ás vezes as ideias que dás poderiam ter saído do meu pensamento, acreditas? Tens o meu nome tatuado por atrás do teu coração e eu tenho o teu ao lado do meu amor.
Meu pequeno passarinho castanho, abri a nossa janela e tu voas-te muito rápido, com medo que alguém nos separasse, foste à procura de gotas para embelezar ainda mais o nosso amor e agora estamos no auge da felicidade.
Mais uma vez, deste-me carinho e encheste o meu balão vermelho, agora volta rápido se faz favor.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Sou tão pequenina, e não me refiro à minha altura, tenho os meus 165cm e sinto-me uma das maiores do meu  mundo. Sou pequenina no que toca a conseguir aguentar com as saudades que se fazem sentir nos momentos em que não se tem nada para me ocupar a cabeça, como agora meu amor. Ainda hoje é dia de café e já tenho saudades do nosso dia de chá e manga. O nosso dia que é sempre cheio de perguntas que vêm do além e feitas com tanto amor e rebuçados de mel.
És um docinho que me faz falta a cada minuto do dia, desde o começo que é bem de manhã quando eu acordo, e fica sabendo que quando te mando um Olá de manhã, não significa Olá, significa que acordo em pensar em ti, depois prolonga-se até ao começo da noite e aí a saudade deita-se a meu lado na cama e passa a noite inteira a dizer-me, liga-lhe e diz-lhe que o amas dias sem fim. 
Atende - Amo-te dias sem fim docinho!

domingo, 6 de novembro de 2011


Têm lido o meu coração aos poucos e nunca me dediquei a contar como conheci o que faz bate-lo. Ora, o meu primeiro amor, a paixão pequenina e inquieta do inicio da nossa adolescência. Eu tinha apenas 10 anos, era uma criança como os outras e ele foi o primeiro rapaz a fazer-me sentir borboletas na barriga. Nunca lhe falei enquanto paixão, nunca lhe disse que "gostava" dele, nunca ouvi a sua voz. Era o fruto proibido e jamais     teria algo com ele, era mais velho 3 anos - o que naquela altura é uma enorme diferença.
A paixoneta foi passando, ele saíu da minha vista e 5 anos passaram. Nestes 5 anos, admito que nunca cheguei a pensar nele, já não me lembrava dos seus olhos, da sua cara, até da sua existência... Lembro-me até de o ver na rua e sem leva-lo para esse lado da minha memória, achava-o atraente e bastante bonito.
O meu primeiro caminho até ao secundário fez com que o meu coração começasse a bater mais depressa, as memórias começaram a voltar e eu sabia que algo me estava a tentar abrir o coração a algo antigo.
O meu primeiro amor apareceu-me à frente, com os seus olhos castanhos e brilhantes, já com barba, com a pele macia e lisa, estava tão homem que eu nem conseguia acreditar. Foi a primeira vez que em 5 anos ouvi a sua voz, doce e sincera. O tempo foi passando e aproximamo-nos a cada instante, mas eu nunca lhe contei que ele tinha sido o meu primeiro amor, queria saber o que afinal tinha sentido um coração de uma menina de 10 anos.
Amei, foi um choque saber que os dias estavam cada vez mais brilhantes e as flores mais bonitas, a minha capacidade de amar tinha se tornado perfeitamente adequada à dele. Estamos à 13 meses juntos, e acreditem, que lutei tanto, mas tanto para ficar com ele que já nada me o vai tirar.

Voltaste-me a fazer sorrir outra vez. Não, o nosso amor não é bipolar, o meu coração é que é como um balão, que tu enches bem cheinho no dia da tua presença e que se vai esvaziando ao longo da semana que partes. Percebes agora o porquê de existir dias mais fortes para mim? 
O nosso dia é sempre tão bem passado, parece que nem és o mesmo que me fala pelas mensagens que me atormentam durante a semana. Tenho saudades sabes? de estarmos todos os dias juntos, a todas as horas. Foi um ano tão bem passado, cada flor no seu jardim e cada raio de sol nas nossas caras pálidas e com sardas. Eu sempre serei a menina do olho azul e tu sempre serás o meu amor.
Adormecer e acordar ao teu lado dá-me sempre uma certeza, que ao longo da semana se vai despedaçando com ciumes incontroláveis e duvidas disparatas.
Queres saber mais? abre a a caixinha que te dei. O que é isto?, isso meu amor, isso é o mundo que eu fui coleccionando para ti. Tem uma estrela de cada dia, um pedaço do meu quente coração e várias lágrimas. Tem o aroma de um jardim colorido e como não podia faltar, tem uma foto do nosso amor no auge da primavera. Lembra-te de mim meu amor.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011


Foram verdadeiros anseios ao longo de vários dias, várias dúvidas por esclarecer recortadas em linhas rectas e mal esclarecidas, promessas profundas e merecedoras de um prémio. Rasgos de tinta espalhados pelo tecto e vastas manifestações de falta de afecto espalhadas pela casa.
Amanhã é o dia em que isso vai mudar, é o dia que faço uma introspecção e me esclareces o porquê de eu sentir tanto medo e de o meu coração quase parar - ou acelerar demais.
Vais hesitar e desmentir tudo ao primeiro parágrafo. E eu sei porquê. Porque apesar de tudo tu amas-me, amas-me de uma maneira um pouco diferente mas amas mesmo tendo os sentimentos pesados consigo sentir isso.
Sinto dor e amor ao mesmo tempo. Amar demais dói à brava, é uma dor tão forte que penetra bem fundo e perfura cada milímetro que seja deste músculo. Mas amo-te como nunca, amo-te como jamais alguém te amou ou poderá vir a amar, amo-te desde cá de dentro, tão forte e tão fundo que só eu consigo ver o tamanho deste amor.
Deixa-te ficar, eu vou ao teu encontro, quero-te bem parecido, quero-te apenas para mim.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011


Entras na minha humilde casa de dizes, que doce mimi, e eu acredito que no fundo te tenha tocado no teu coração. Alucinante foi ver que te atreves a dizer o mesmo a todas as casinhas por onde entras, que doce, que quentinho, dizes o mesmo a cada coração que acredita que sim, tu estás a sentir o que estás a dizer... Limitas-te a utilizar a mesma frase para centenas de corações diferentes, não entendes que isso magoa e faz com que nos sintamos iguais a todos os outros.
Entras na minha casa e de certo que nem te dignas a ler as páginas escritas com lágrimas escondidas que estão sobre a mesinha castanha, apenas dizes, que doce, e agora diz-me, doce o quê? O que é doce para ti? doce para ti deve ser qualquer sitio que encontras... Como sabes se é doce sem provar?
A minha humilde casa merece melhor do que um, doce, e não me importa se tens milhões de visitas na tua casa, bom proveito para quem gosta de se sentir comparado a corações que nada têm a ver. Não sabes entrar numa casa, sentar-te no sofá, pegar nas páginas escritas à mão e ler com o coração, nem nunca vais saber se continuares a fazer comentários assim, simples, e de tão simples que são nota-se a frieza com que entras-te e sais-te daqui. Mimi, pessoas desse tipo não são consideradas princesas, muito menos pequeninas, pessoas assim são consideradas oportunistas, apenas à espera que lhe ofereças chá. Tive de concordar com ela, sabe muito mais do que qualquer um de nós, e agora faz-me um favor e não ouses entrar na minha casa outra vez, nem forces a entrada nem aceites sequer uma chávena de chá ... sempre me ensinaram que oferecer é cortesia, aceitar é má educação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011




Sabem meus amores, hoje foi um dos dias da minha vida que me fez acumular forças para o resto da semana.
Hoje, pela primeira vez, desloquei-me até onde o meu passarinho pernoita toda a semana, espero que seja acolhedor e que proporcione um ambiente amoroso. 
Qual não foi a minha alegria estar a chegar e ver-te à porta, como se a  minha chegada fosse a razão da continuação da rotação da terra. Estavas lindo, mas tu estás sempre, lindo e com o sorriso mais puro de sempre. Convidaste-me a entrar e eu fiz essa tua vontade - porque também era a minha - gostas meu amor?, estava quentinha, era exactamente o teu ninho, pequenina e com poucas coisas.
Sabem, eu amo mesmo aquele passarinho, e não importa os quilómetros que agora nos separam, eu sei que o nosso amor é muito mais do que meros quilómetros. No final ainda me disseste, Muito obrigada por teres vindo amor, nunca vou esquecer. Amo-te mesmo cá do fundinho, não agradeças meu pequeno, agradece sim ao nosso amor que tem crescido dia após dia, agradece ao pai da saudade e à afilhada do ciúme que os têm educado muito bem para não destruírem o que demorou anos a construir. Com muito amor, mimi

segunda-feira, 31 de outubro de 2011


Olha pequena Claire vou-te contar um segredo, um segredo pequenino e que tu vais gostar de ouvir, porque é quentinho e docinho como o teu coração, hoje conheci um amor novo para viver connosco mas ele recusou. Não me perguntes o porquê, não te sei responder ao certo e detesto não te saber responder, porque mereces todas as respostas do mundo. Esse pequeno amor, que aposto que tem o coração cheinho de carinho para partilhar tem medo, mas não sei do quê.
Sabes minha Claire, ás vezes demasia de amor causa medo, mas eu juro que não era isso que eu lhe queria provocar, eu falei com ele devagarinho e ainda lhe disse, não te sintas pressionada, se não quiseres não faz mal. 
Tu tens de a ver, é pequenina como tu e tem um sorriso tão ou mais bonito que o sol ao nascer, é contagioso e eu queria-a connosco... Espero que o medo lhe passe, tenho a certeza que seriamos óptimas companheiras de quarto.

domingo, 30 de outubro de 2011


O dia correu tão rápido como o vento lá fora, mas tenho a certeza que foi mais intenso que toda a natureza junta. Estavas cheio de saudades, como eu, o climax deste dia foi mesmo as várias vezes que me disseste, se soubesses as saudades que tenho tuas ao longo do dia, e a vontade que tinha de te dar um beijo e dizer-te ao ouvido mais de cem vezes que eu também meu amor, eu também.
Reages como o fogo, és quente mas não queimas, tens jeito de lorde, beijas como um relâmpago, trazes energia acumulada no corpo e isso basta para me sentir segura nos teus braços, sentes-te bem nos meus braços?, a resposta seria a mais óbvia, tenho a certeza que irias saber a resposta, claro que sim meu amor.
O dia estava longe de acabar e quando pisquei os olhos já a noite se tinha posto, faltava poucas horas para saíres do nosso ninho e o coração já estava a latejar com saudades, fica por favor meu amor, eu não quero que vás, eu sabia que era um pedido inútil, mas eu sentia-me bem em fazê-lo, assim tinha a certeza que tinha feito algo por nós. Foste embora como um passarinho, ainda olhaste para trás e me fizeste sinal e eu  como boa namorada que sou sorri e esfreguei os olhos para não perceberes que a tua partida mais uma vez me estava a atormentar. 
Espero por ti, fica comigo porque eu jamais te deixarei.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


m: amor, vem rápido que é a tua vez. vem ter comigo para a nossa banheira cheia de espuma, com os morangos e o champanhe ali ao lado.
d: tu nem gostas de champanhe.
m: e tu adoras estragar sonhos, deves andar a tirar o curso para aperfeiçoar essa tua técnica 
d: 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Boa noite meu querido girassol. Hoje o dia esteve triste, não parou de chorar, lembrei-me de como me sentia quando não tinha novidades tuas. Mas isso já lá vai, agora estamos mais juntos que nunca, somos como um raio de sol, intenso e sempre pronto a aquecer os nossos corações. Eu sou sempre a tua pequenina, passe os anos que passar,serei sempre a tua menina dos olhos azuis.
Meu querido se soubesses como me adoças a boca com as tuas palavras doces e os teus sonhos do nosso futuro, é uma pequena florzinha que precisa de ser cuidada, o nosso amor.
Meu girassol, quero rebolar contigo ao pôr do sol, não agora que chove bastante, mas quando o sol voltar a dar sinais de apaixonado. 
Estou apaixonada entendes? estou apaixonada há mais de um ano e isso deixa-me tão mais quentinha nestes dias de Inverno. Meu girassol, hoje amei-te ainda mais, por isso prepara-te para amanhã.

domingo, 23 de outubro de 2011

mensagem enviada para David, 23.19.11/ 11:29h



e se me desses um bocado de céu? misturado com o teu cheiro e o sabor dos teus lábios. eu adorava. era o meu conforto todas as noites quando a insónia decide sentar-se a meu lado na cama. Depois, o céu iria servir de almofada. iria aparar-me os sonhos bons e levar com o vento os maus. dá-me um  bocado do teu algodão doce, cor-de-rosa, da cor do meu mundo ... o mundo que me concedes-te e que o vivo todos os dias. amor, dá-me amor. Bom dia.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

- Dói?
- O quê?
-  Sentir-se sozinho!
(Suspirou para pensar na resposta)
- Nós acostumamo-nos.
- Será?
- Se não for terá de ser.

domingo, 16 de outubro de 2011


Olha que docinhos que eles são. Cada um com o seu teorema. Ela tem pele morena e olho azul. Ele tem a face macia e os dentes cristalinos. Têm ambos a mesma vontade, a vontade de se amar sem cordas que os possa prender. Dançam ao som da melodia que se faz ao trocarem palavras açucaradas e nostálgicas, que aprenderam há algum tempo. Um tem sempre frio. Outro anda sempre com calor. Juntos, são a combinação perfeita que alguma vez antes fora avistada. Têm cultura nos lábios, sabem definir e conjugar cada verbo para que não haja dúvida em qualquer frase. Sabem de cor o caminho para cada estrela. Conhecem todos os planetas - até aqueles que ainda não foram descobertos. Transformam todos os estados em matéria e deixam cada pessoa lúcida ao mundo que a rodeia. Ela prefere inspirar. Ele prefere expirar. De tão certos que estão, tornam a respiração mais intensa e sonora. Sabem estar, em cada lugar têm o seu comportamento adequado, não gritam, não desesperam, apenas saboreiam. Ele és tu. E ela sou eu.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Preciso de ajuda! Preciso de paciência e muita força. Estou presa no meu próprio medo, encurralada com as minhas próprias algemas e destinada a morrer se continuar com estes meus pensamentos.
Sinto-me fraca ao mesmo tempo, preciso de amor e carinho para me revitalizar. O meu coração tem andado fraquinho e muito perto da hora final, de dia mal bate e à noite quase que explode. Tenho recebido poucas novidades tuas meu amor, sei que o teu tempo é escasso mas eu não compreendo isso. Faço os filmes todos na minha cabeça e o meu pobre bichinho é que paga, acelera cada vez que imagino o meu pior pesadelo. Quero-te bem perto de mim outra vez, esta distância que nos rouba mil beijos mata-me aos poucos e poucos e deixa gotas de sangue na minha almofada, para que ao acordar, me possa lembrar que foi uma noite dolorosa e que deixou feridas. Não fazes por mal eu sei, ninguém o faz, limitas-te a dares-me o que podes quando podes - e risco da minha mente o "quando queres". És somente tu que me respondes quando eu lanço a pergunta à lua, quem será o homem da minha vida, és somente tu meu amor. Meu anjo, és tu quem me acrescenta sentimentos, dia após dia, sem redução de nenhum. Meu porto de abrigo, que me acolhe nos momentos de desespero e me enrola nos seus braços fortes, és a vitalidade da minha constante mudança, afinal, continuo uma menina, nada mudou desde que partiste, apenas aprendi a erguer-me aos fantasmas e a colocar mais vezes o coração nas mãos. Peço a Deus todas as noites que te guie, não me envergonho de nada, orgulho-me simplesmente de ter um namorado que há um ano me acompanha, sempre com os seres trocados.. tu estás em mim e eu em ti, e assim irá continuar.


terça-feira, 11 de outubro de 2011


A noite está novamente a chegar e eu continuo sem novidades tuas. Onde andas? Continuo no mesmo local onde me deixas-te a última vez que me olhaste nos olhos e te dignaste a dizer que era a mulher da tua vida.
Andas perdido por aí, num movimento terrestre que não é o teu, numa telepatia de olhares desconhecidos onde os ponteiros do relógio deslocam-se ao contrário dos outros.
Ora não tarda o primeiro navio parte para um novo continente, e eu continuo aqui... vivendo cada brisa como se fosse a primeira, sentido cada noite nostálgica como a última. Os meus dias têm-se mantido assim, frios e distantes, não temo qualquer telefonema teu, sei que o amor continua lá, receio apenas a maneira de como te falarei. O tempo passa e as saudades já conquistaram mais território, tenho medo que não consigas lidar com a minha possessiva atitude de amada saudosa. 
Meu caro, sabeis vós que o meu coração sempre bateu pelas suas palavras, sempre esperou pelo seu afecto e sempre desejou a vossa companhia, fazei disso o maior dos meus pecados e daí-me o que desejo. E assim espero fazer das minhas palavras as tuas palavras, para mais tarde, quando a noite voltar a chegar, eu ter bem presente na minha memória os segredos que me contaste enquanto estivemos juntos.
Sem mais demoras despeço-me, com o coração nas mãos - mais uma vez.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


... e quando pensamos apenas no singular não é pecado? negarmos a escolher alguém que nos pode acolher como pecadores que somos e mesmo assim não nos aponta um dedo sequer.
Triste pensamento diabólico que nos consome conforme o tempo e a temperatura ambiente, que nos destrói aos poucos e poucos e nos fere lentamente com a sua ponta afiada de egoísmo e antipatia. O poder da mente tem destes acontecimentos, a facilidade em matar quem nos quer bem e a desiludir quem construiu algo connosco.. Palavras não curam, apenas acalmam, gestos não fazem esquecer apenas podem fazer perdoar, e tu? tu não és um rapaz, és o rapaz... 
Agora descansa na sombra da tua alma e acaricia o meu ombro que sente falta do aconchego do teu cabelo, que repousava em mim todas as vezes que assim o desejavas. 
É impressionante as cartas que recebes por aí, em tempos tão difíceis ainda consegues abrir e lê-la, acredito que o faças devido ao que lês no remetente, o meu nome sempre te deixou com os olhos brilhantes e borboletas na barriga - não é que me tenhas dito, apenas suspeito.
Enquanto muitos desejam ter mil mundos só para eles eu divido o meu com outra pessoa, e é sempre tão mais quentinho nos dias de inverno, junto a minha barriga na tua e no final mal conseguimos seguir caminhos diferentes. O meu egoísmo fugiu, e o teu perdeu-se.

domingo, 9 de outubro de 2011


Ás vezes as cidades parecem que aumentam durante as suas noites agitadas. As ruas tornam-se tão longas e sufocantes, o cheiro a fumo é tão intenso e as conversas paralelas são inevitáveis.
Foi num desses infernos que te encontrei, na segunda curva da quarta rua, fugias do horizonte e procuravas a solução para uma doença que jamais poderia adivinhar que a tinhas.
Ás vezes somos levados a pensar o melhor dos outros para assim, termos uma melhor comunicação. Mas contigo bastou o olhar, as palavras já são escassas e demasiado repetitivas, aliás, são sinónimos umas das outras, em frase e meia sou capaz de dar imensas voltas apenas numa palavra - a ideia está lá, a maneira de tentar explica-la é que não.
O mundo para ti parecia pequeno e a ideia de sofrimento estava escrita nessas tuas mãos enrugadas que diziam tudo sobre a tua alma pura mas muito sofrida. Apostava num passado difícil e agitado, o teu silêncio concordava e matava todas as ideias boas que poderia ter a teu respeito, eu queria ajudar-te a curar, a tapar essas feridas que não saravam e já doíam há algumas semanas.
Pedi sucessivamente para que respirasses fundo e olhasses para o céu, não tinha a certeza do que te pedia, mas no fundo isso era um calmante para a tua cabeça que latejava já há alguns dias. O vento batia-te na cara como sinal de que estás vivo, mas a dor continuava lá. Eras um milagre divino, sobreviveste ao que muitos poderiam não ter a sorte de escapar...
Só no final de tantas metáforas é que percebi. Eras mais um escravo do amor à procura de um anjo da guarda para te acalmar e fazer-te suspirar de novo. Não foi coincidência termos atravessado a mesma curva, o destino existe. E o amor também.

sábado, 8 de outubro de 2011


Hoje é o nosso primeiro ano de namoro, estamos ambos receosos, é a primeira vez que temos a noção do tempo na nossa pele. Ao longo de tantos dias o vento nunca me fez ter tantos arrepios, agora mesmo sem vento sinto-os. A vingança do nosso amor não será tão pequena como imaginava, as palavras incutidas na presença de um amor lógico e profundo são todas as que sonhara e imaginara. Apesar de todos os receios e medos que tenho, ao teres decidido ires, o amor não enfraquece - muito pelo contrário - está tão forte que me magoa por vezes. Respirar o que respiras é o meu maior orgulho, sentir que sem termos nas nossas veias o mesmo sangue que pertencemos ambos a uma família, uma família que um dia se tornará maior... e enquanto o tempo não passar, nunca iremos saber o quão felizes seremos ao podermos acordar um com o outro e recebermos a bênção de alguém que tem a mesma vontade que nós - de nos unir.
Meu doce e eterno David, se um dia conseguisses imaginar o quanto te amo seria a certeza de que poderia morrer feliz, saberias a imensidão deste sentimento que me diz imensas coisas sem intenção de dizer.
Quero um vento mais fresco, para nos voltar a arrepiar e, encostados um ao outro, vamos falar sobre um futuro cheio de mimos e frescura de promessas eternas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011


olha meu doce, enquanto enrolamos palavras em desejos e pensamentos em devaneios, vamos prolongando esta sede de amor que é traduzida numa forma muito rápida e simples. Intitulamos o nosso amor como, resíduos do amor, e deitamos ao ar o que poderá vir a ter potencial para criar mais insectos na minha barriga - as tais borboletas amarelas de que tanto falas.
Incrédula, é sempre o meu estado - ainda te perguntas porquê, ao longo de um ano de amor a fio, és capaz de ainda não ter as respostas suficientes para conseguires acompanhar-me numa conversa, que parte do principio, é formulada no meu coração e ilustrada pela minha mente perversa e austera. 
É tudo muito instável quando é feito por cálculos não exactos e é questionado com perguntas retóricas, das quais metade eu própria - deveria saber - mas não sei a resposta. Foste a fonte das minhas interjeições e o meu adjectivo principal, adoptas-te o verbo ao nome e deste-me um conjunto de palavras que bem estudadas dava para construir o nosso romance épico.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

always


- Deixas-me sempre sem saber o que dizer;
- A culpa é tua, não me deixas falar;
- O que é que uma coisa tem a ver com a outra?
- A tua mente recebe o que a minha boca transmite.
- Será?
- Queres outro beijo na testa para comprovar?

sábado, 1 de outubro de 2011

como nova


Esta correria deixa-me com menos tempo para mim mesma, mal tenho tempo para me ver ao espelho e perceber que estou a envelhecer. O sol enfraquece a minha pele, as minhas mãos andam secas por causa do vento, os meus olhos continuam azuis mas fracos e os meus lábios andam mordidos.
A minha mente está convertida em livros e tudo está a tomar a rotina que tinha esquecido, o meu amor está longe e o meu coração foi com ele e não me avisou.
Sinto-me macia, num estado sólido e macio, geralmente efeito de inúmeras e consecutivas horas de descanso emocional, as lágrimas deixaram a minha pele como a pele de uma criança - uma óptima informação para quem sofre de coração nas horas mais apertadas - a minha lucidez tem estado normal e a tensão não aumenta nem desce. O meu comportamento animal tem sido controlado através de boas frases, a minha fase normal está a notar-se, o normal está a chegar, irei habituar-me.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

estás aí?


O pior é mesmo sentir aquela imensidão de casa vazia, falta a presença do meu animal de estimação, aquele que consegue fazer com que eu me renda aos seus pés.. És tão tu quando me acaricias depois de uma noite gelada, e me agarras com essa tua carinha de menino rebelde. Realmente o que as saudades fazem, são espinhos afiados que se cravam na minha pele, rasgando-a, até sentir a carne a borbulhar... borbulhar de dor.
Dói por dentro e por fora, não só por não te ter aqui como também por não ter com quem passear a nossa mascote - aquele pequeno roedor e brincalhão - és sem dúvida um motivo enorme para eu me sentir angustiada.
Rapidamente recuso-me a sair de casa, continuo deitada no sofá, melancólica, à tua espera. Esperando que me apareças por essa porta, de onde nunca deverias ter saído, para te bombardear com perguntas que terão respostas sem fim. Quero entender se esta mudança também te provocou cólicas e se as borboletas na barriga hibernaram, quero saber se te sentes tão vazio como eu, que não resisto em querer saber de ti - sempre foi mais forte que eu.
A paixão é assim, o pedaço de matéria que nos pertence e foi roubado para nos lembrarmos que sós não conseguimos adormecer e que a razão das lágrimas é mais forte do que a força que move os moinhos em dias de vento.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

amar-te está a tornar-se tão doloroso, je t'aime


Sim, neste momento encontro-me a chorar, é mais uma noite, anormal seria se não chorasse - e estou a falar muito a sério - estas noites têm sido fatais para mim, o medo de o perder é de tal modo tão grande que tenho de chorar, pelo menos durante meia hora... colocar os pensamentos nele e em tudo o que passamos, e no que poderá acontecer, no que foi tudo até agora e como vai ser. Eu avisei que as saudades instalavam-se depressa, e eis-me aqui, a chorar como um bébé mais uma vez, mas hoje com mais intensidade, as lágrimas parecem chuva. O pior é quando relembro o que me aconteceu hoje, o tempo que olhei para a porta à espera que entrasses e não entras-te, o tempo que esperei que aparecesses para me dar colo e dedicares-te a dar-me beijos na cara, a facilidade que tínhamos em imaginarmo-nos em qualquer lugar - mas sempre juntos - voando pelas estradas desconhecidas e mares jamais navegáveis.
O momento foi tão rápido, não consegui habituar-me à ideia de chegares a partir um dia, foi rápido demais, arrancaram-me o coração de um momento para o outro - e quando estão juntos Maria? o que sentes? - é tudo tão maravilhoso, tão único e tão sentido, mas rapidamente é envolvido com o regresso ao teu outro destino, porque tu já não pertences ao meu redor, foste afastado por uns tempos, foste roubado ao meu coração e decidiste - e fico feliz por ti - partir num novo caminho com uma nova etapa. 
O problema também é meu, aliás, é todo meu, eu nunca fui insegura mas o pavor de não te ver durante três dias seguidos é maior - eu bem tento conter as lágrimas, mas elas só me provam que isto é muito mais difícil do que todos pensam, do que todos julgam ser - as circunstâncias mudaram, agora não é só um final de dia ou uma noite sem olhar para esses teus olhos castanhos, são dias, dias sem ouvir um respirar teu, sem ouvir uma lamuria ou até uma discussão pequenina... e agora sim, façam-me parecer a criança mais sentimental do mundo, com ou sem razão, amar-te-ei eternamente. 

domingo, 18 de setembro de 2011

2# mon amou


Lembras-te como matamos as saudades ontem à noite? no teu quarto, de luz apagada e com um calor atenuante nos nossos corpos - apesar de fazer frio lá fora. Matá-las assim, desta forma, é tão mais sentido de que qualquer outro gesto que poderíamos ter feito, tu vinhas de mansinho e eu respirava devagarinho. Ouvia cada batimento do teu coração, que coordenado com o meu era capaz de se ouvir a uma distância infinita. 
Não dissemos uma única palavra desde que entramos naquele quarto, aliás, mentira, eu disse, disse a única frase que me veio à cabeça, "és o melhor namorado do mundo, obrigada por estares comigo"... podes não ter dado importância ou pode ter significado imenso, pode não ter sido o que merecias ouvir ou até pode ter sido o teu tudo, a verdade é que eu tinha a necessidade de dizê-lo e sentia que tinhas a necessidade de ouvi-lo. No fundo a noite foi longa, e nós fomos enrolados nela, tu abraçavas-me com os teus grandes e fortes braços, e eu sentia-me protegida em todos os momentos - "eu protejo-te?" "sim, tu proteges-me" - os pensamentos respondiam-se, e a telepatia começava a fluir. 
Quero que voltes rápido, porque tu foste embora e eu fiquei aqui, no sitio onde nos conhecemos e de onde eu sempre te associei, volta rápido porque em mim, as saudades instalam-se muito rápido, e fico sempre com falta de algo... algo que és tu. je t'aime mon amour!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

#nostalgie


Mon amour, e essas saudades como vão? Já não vemos desde segunda-feira, aquele dia maravilho em que o passamos a falar do nosso futuro e das expectativas que temos. E eu gosto da maneira como mudas os dias e as formas de pensar, gosto bastante da minha perspectiva de te olhar e de te sentir que é sempre tão mais carinhosa e deliciosa. A maneira como a tua mão passa no meu rosto é sempre tão inesperada e fico sempre tão mais segura. Também não sei quando nos vamos ver, mas sinto essa necessidade e tenho que satisfazê-la o mais rapidamente possível, porque enquanto fores - e sempre serás - o que sustenta o meu coração, terás de dar-lhe mais do que um simples dia.. eu sei que os dias estão a apertar, e que o coração irá ficar pequenino por vários dias seguidos, mas só cabe a ti enche-lo, sempre com a mesma medida e o mesmo carinho. Estejas tu onde estiveres, com quem seja, mon amour, eu quero continuar a ser a tua menina de olhos azuis. au revoir, o sol escondeu-se e ainda tenho de ir ver do meu gato, je t'aime.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

#l'école


Nunca pensei ter de dizer isto mas a verdade é que vou vir menos vezes à internet, e por sinónimo ao meu lindo e reconfortante blog. Prometo que assim que chegue responderei aos comentários e que não seja pela minha presença não muito assídua que me deixem de seguir. Atenderei aos vossos blogs numa tarde livre (somente à quarta- feira) ou numa noite de insónias. Ao fim de semana, sempre que houver tempo cá estarei para vos dar a graça de poderem ler novos rumos do meu coração que anda pequenino, como vocês sabem.
Visto que este ano tenho exames (11º ano), vou ter de me aplicar mais, e para isso algumas coisas terão de ficar para depois. Peço imensa desculpa, mas vida de estudante é assim, au revoir e um enorme beijinho aos meus 385 seguidores.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

#retour


Ás vezes só me apetece chorar, até conseguir o meu próprio rio, com as minhas próprias lágrimas e sempre com uma causa para tal. Amanhã vai custar-me - as lágrimas chegaram agora, só faltavam elas - eu nunca tive preparada para não te ter comigo, muito menos não te ter comigo quando mais preciso.
Vou chegar, olhar para todos os lados, estranhar e só depois vou-me lembrar que já não vais estar mais à minha espera no sítio do costume, que já não vou ter o teu colo à minha espera e que muito menos vou andar com o nariz negro de tantas trincas. Vou sentir falta dos almoços em conjunto e dos finais de tarde a teu lado... Está a ser tão difícil para mim que nem consigo dizer-te, não consigo, não posso e não quero, não posso estar sempre a lamentar-me enquanto tu sim tens algo difícil pela frente... mas eu sempre soube que este dia ia chegar que por mais que eu tentasse nunca iria ter forças para levá-lo com um sorriso na cara. Vou sentir-me sozinha, fora de horas. Vou querer não voltar aos lugares onde estivemos e muito menos vou fazer alguma coisa que me faça lembrar de ti, de nós - não por não querer, mas sim porque sei que irei chorar - e como tu dizes, "as princesas não choram", se calhar nunca fui uma verdadeira princesa, se calhar nunca pus a hipótese de te ver partir e no entanto é o que vou ter de fazer.
Por momentos ainda fiz de conta que passava tudo de um sonho, fingi que a ideia de não te ir ver todos os dias era mentira, e que bastava acordar, colocar o perfume que sempre gostaste e ir ao teu encontro, mas tu não estavas lá, e a queda desse sonho foi de tal modo gigante que senti o meu coração a rachar... eu tentei, mas não consigo ter forças. au revoir mon amour, je t'aime!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

#mon amis



Saber dizer adeus não é a minha especialidade, apesar de já o ter feitos imensas vezes e por diversas razões... a questão é que este adeus é dito ás pessoas erradas. As pessoas que cresceram comigo mudaram - ou secalhar fui eu - e quem sabia como me fazer rir no momento certo foi embora. Foi embora, conheceu novos ventos e deixou-me para aqui, ainda um pouco magoada mas sorridente. Eu sinto-me sozinha, e não é um sentimo muito agradável, já não tenho por perto quem me compreenda, já não tenho coragem para pedir ajuda e muito menos tenho alguém que me faça rir do nada. 
Não culpo ninguém por essa perda, a cupa não está nas pessoas, está de como ela reagiram á separação, eu nunca fui de me habituar a novos caminhos, nunca fui de me habituar a novos ares, e agora dói. Porque se antes, enquanto estavamos juntos, eu não dava o valor suficiente, hoje dou e arrependo-me de não vos ter dito tudo o que gostariam de ouvir. Esqueci dos beijos que mereciam todas as manhãs, da frase "se precisares de mim liga" ao final do dia, ou então daquele aconchego que todos nós precisamos. Esqueci de vos aparar sempre as lágrimas em vez de dizer "eu avisei", esqueci de elogiar-vos sempre que estavam diferentes - para melhor -, esqueci de vos perguntar se sabiam o quanto vos amava, porque se não sabem eu passo a citar: " eu sempre te amei, chateada ou não, eu sempre soube amar. Sempre à minha maneira, com uma naturalidade própria, nunca existiu sombra para dúvidas nem erros, eu sempre te amei, desde o primeiro dia em que demos a oportunidade de sermos o que somos hoje".. e mesmo que nada volte a ser como antes, e mesmo que o coração tenha dado uma volta de 360º graus, eu estou aqui, como sempre estive, eu sei o quanto me fazem falta.. eu sei. au revoir, tu me manques!

sábado, 10 de setembro de 2011

#le rêve


Sabes como é a naturalidade do meu bocejar, é tão ou mais natural como os amo-te's que recebes todos os dias de manhã depois de uma noite que passou a correr. Já nada é pensado, nada está acorrentado, tudo é levemente natural - como aquele algodão doce caseiro que me deste a provar. Tu és tão pequenino quando falas comigo, a doçura das palavras são perigosamente apaixonantes para quem as escuta e eu torno-me demasiado princesa para este mundo. Quantas palavras já gastei para dizer-te que finalmente encontrei o passarinho que sempre pertenceu ao meu ninho - se é que cheguei a gastar, acho simplesmente que ganhei - quantas vezes perdi-me com as direcções do mundo e fui dar ao teu encontro? 
Estou realmente apaixonada por ti meu pequeno pássaro de penas laranjas e amarelas, acho que isso nunca foi posto em questão, o meu coração também nunca o permitiria, porque finalmente alguém me retirou o cabelo dos olhos e conseguiu ler-me cada olhar, conseguiu aparar cada lágrima e ainda teve tempo para me trincar o nariz. Este és tu, inteiro por inteiro, com o brilho intenso nos teus dentes que são perfeitos desde o inicio da tua adolescência, com a pele suave e sensível.
Por fim, esta sou eu, inteira por inteira, com o meu coração quentinho mas frágil e a minha mente - aquela que memorizou todos os dias de nós juntos, a pairar sobre o mar, falando baixinho mas sem segredos, recontando os sonhos e esquecendo os monstros do passado, por fim estes somos nós.. je t'aime mon amour, au revoir.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

#déjavu


O mundo torna-se demasiado grande para um ser tão pequenino como eu, não é que eu não consiga viver aqui, mas as mentiras tornam-se maiores e em maior quantidade e começam a apertar-me que começa a doer viver. A razão pela qual permaneço num sono profundo até metade do dia é mesmo essa, poupo-me à dor de um dia inteiro, carregado de injustiças e conversas de bolso inúteis -  são apenas desabafos, enquanto me viro para o lado esquerdo, a noite está a ser longa demais.
Para além de estar a evitar acordar e ver o mundo lá fora, estou a sentir um vazio enorme na cama, agora também estou a evitar olhar para o lado direito, onde deverias estar a descansar de um dia devastador.. e não estás - começo a sentir-me cansada de estar aqui - pergunto-me para onde foste e porquê.
Embora a chuva de ideias esteja a começar a tornar-se tempestade lá fora, eu permaneço cá dentro com o que resta da minha dignidade, não estou minimamente preocupada se perco metade do filme ou se as pessoas se transformam em monstros, isso na minha cabeça já tudo aconteceu - desde pequena que tenho imensos déjavus. Agora apenas resta-me sentir a tua falta e obrigar-me a descansar durante dias, para que não tenha de coser o meu coração outra vez - está a ficar um farrapo graças a vocês - au revoir!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

#mon amour


Forte personalidade mon ami - ou terei de dizer mon amour - é que revelas em todas as vezes que falamos aquele cliché de romancista - pobre coração derretido que invade a minha garganta com pequenos cubos de gelo enrolados em fogo - sim era disto que eu falava, de como utilizavas as palavras para apenas dizeres o meu nome. Continue, hoje faço das tuas as minhas palavras mon amour, tenho vontade de derreter-te, devagar e em pequenos círculos, c'est vrai, não estou a mentir - eu sei que é estranho dizer-te isto, mas com todo o respeito, eu apaixonei-me por ti hoje, outra vez, tenho esse direito. 
Ontem escrevias-me uma carta, hoje declaras-me um poema, amanhã será o quê - répond mon amour - quero saber como será o meu próximo momento de felicidade... e tu sabes como vai ser, escreves todas as noites mais um parágrafo da nossa história. Gostava de saborear mais um bocado de todos os momentos que passamos, mas em momentos tardios, vem-me à memória a tua la chanson do engate... é tão calma e intensa, uma verdadeira melodia luminosa e gratificante. Meu amor, tenho que ir beber  o meu chá, au revoir mon amour, je t'aime.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

#le café


Está precisamente na altura do café das 6 p.m, o meu cigarette já chamava por mim e tínhamos muito que conversar. Era a hora em que me contavas como estava a correr as coisas no teu escritório e eu revelava os próximos temas da minha coluna - sempre te interessaste por saber como estava o meu trabalho na revista.
Avançavas mole, depois de um longo dia de trabalho sempre te mostraste cansado e rendido ao poder do cansaço, que sempre se mostrou imenso sobre ti. Mesmo assim continuas lindo, o tempo recusa-se a passar por ti, continuas a desfilar com a tua pele morena e a derreter-me o coração com o teu olho que muitas vezes engana-me, fazendo-se passar pelo reflexo do teu café.
Desde sempre que me lembro que todos os dias somos convidados a apaixonarmo-nos outra vez um pelo outro a esta hora, tu incentivas o amor, conheço as tua manias com a palma das minhas mãos e reconheço o teu sorriso no meio de vinte mil multidões.
A conversa descarrila de tal maneira que dou por nós a falarmos de filhos, de futuros herdeiros da nossa ligação e dedicação pessoal - agora sorri - sorri como todas as vezes que falamos do destino e como foi caridoso connosco, de como se tornou lenda e hábito falar nele de uma forma natural - tão natural como estar prestes a beijar-te neste preciso momento.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

#cite la musique


"É engraçado como a vida nos prega partidas, quanto mais fortes pensamos que somos caimos em armadilhas. No problem, no preocupações é como eu tento viver minha vida mas cruzei-me como um girassol que colocou meu coração num beco sem saída"   Angélico Vieira

domingo, 4 de setembro de 2011

#coeur


Inspira, expira, agora volta a ver a tua pulsação - continua acelerada - culpa minha, estou demasiado perto de ti. É demasiado tarde, já não me consigo separar deste conjunto de flores que não voam com um sopro como as outras, tu és uma flor pequenina e eu a maior. Sou eu que te protejo, que te dou suporte, sou eu que te ilumino o caminho mesmo sem tu saberes. Também não quero que o saibas, assim é muito mais reconfortante, és muito mais que um tudo na minha raiz - volto a dizer que sou , somos, uma flor - danças levemente com o vento e eu aplaudo por ver essa tua espontaneidade. Alegras-me a cada dia que passa - não é incrível? -  sinto-me uma sortuda por poder presenciar essa tua vitalidade dia após dia, cada um com os seus fortes. Continuas com a pulsação acelerada - é o mais provável - mas estás calminho - começou a chover lá fora - agora sim estamos acomodados. Abraça-te a mim e sente-me - não! queres que o meu coração pare? .. não amor (amo-te)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

#le doux de nous


Eu acredito. Acredito no nosso sempre luminoso e diferente de todos os outros que foram escritos por autores já perdidos no tempo. acredito, volto a repetir, no que nos uniu, desde já confesso a minha enorme admiração por teres criado esta vida comigo, e, agarrada a ti como nunca estive com ninguém, prometi dar-te tudo o que poderia alcançar.
Uma melodia, é isso que retrata o nosso amor, uma calma e suave melodia que se instala por todos os cantos, que respira e que se fascina, que demonstra e se entrega... Ora, não é preciso mais funções para a nossa melodia nata.
A minha função é sempre e cuidadosamente realizada, passinhos de bebé fizeram o que temos hoje - e volto a agradecer-te. és o meu old baby que se tornou cada vez mais meu com o passar das horas, e mergulhas sempre no mesmo sentido para me poderes ver, corres sempre as mesmas voltas para me poderes acompanhar. És preguiçoso nas horas vagas e fazes-me preguiçosa quando estou contigo, a preguiça é tanta que mal consigo levantar um pé para virar costas no fim de uma despedida de mil e um beijos quentes e doces como a compota que a tua avó faz. Mais uma vez ri-me de nós e de como os parágrafos mudaram de tema e o sentido está a perder-se, tal como a minha vontade de estar longe de ti...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

#dernières




estou literalmente perdida no tempo, não sei se é por chover no verão ou então por muitas vezes sentir-me fria nos dias de calor.. o exacto não sei por onde anda, mas o pretérito continua bem ciente que tem de permanecer na minha vida, ou então não, eu já não sei do que falo, o tradutor do meu coração está alterado devido às alterações sentimentais. e se o pretérito está presente na minha vida, eu digo-te, o teu nome do meio deverá ser pretérito mais que perfeito, és a vaidade do mundo que me sustenta. agora pisquei o olho, aquele mesmo olho que te seduziu, foi um piscar de olhos doce e  lento, de tão lento que foi permitiu-me rever todos os momentos em que fomos o conto de fadas, apesar de continuarmos a ser. 
a explosão de momentos sempre foi grande quando estamos juntos, a rapidez de decifrar vários sinais é já habitual, minúsculas peripécias de entusiasmos, meu amor sempre fomos unha com carne..

sábado, 27 de agosto de 2011

#coucher de soleil


o sol poente ficou mesmo à nossa frente. era a chama que se apagava no exacto momento em que trocamos olhares. mas também era o fogo da nossa paixão que repousava do fim de um dia de emoções sentimentais. porque a razão por a qual conseguimos completar as frases de um do outro é mesmo essa, tu sabes a minha profundidade e eu sei a tua racionalidade. és um presente tão agarrado e eu sou um futuro tão aberto. somos um passado fechado, que liberta lembranças estranhas e capazes de me enganar nos momentos de solidão. ora, o verão está a chegar ao fim e a tua partida está para breve. não vou mentir, não estou totalmente feliz por essa tua partida. a dor que eu sinto à muito que a sinto, mas sempre a disfarcei com beijos doces e conversas apaixonantes. tu sempre conseguiste muito mais do que me amar, ias para além do amor. não me perguntes que sentimento é esse, porque eu também não sei. mas sentia, e ainda sinto, a tua força de amar. sinto-me orgulhosa por isso, por me teres escolhido para abusares desse sentimento tão antigo na história Portuguesa. e por razões que meio mundo desconhece eu serei sempre uma princesa. a princesa que estará sempre à tua espera, no bem ou no mal. o amor não escolhe lugares o idades, escolhe pessoas, e nós fomos os eleitos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

#ma cigarette


Olhei à volta e pude constatar que tudo duvidava da nossa conversa, estávamos a falar há horas, o meu cigarette estava quase no fim mas mesmo assim poupei-o para mais meia hora de conversa. O estado da tua casa não era o melhor mas comparando com o estado do teu coração estava em boas condições, tu estavas uma lastima, mal conseguias sorrir, nunca tinha visto um homem tão mal, essas pedras eram demasiado pesadas para ti e eu sabia que não poderia fazer nada. A luminosidade do teu quarto fui aumentando, já passava das 6:00am, a nossa directa tinha sido apoiada pelo sofrimento que ambas as partes foram submetidas, precisávamos de falar com alguém, e eis que chegou a oportunidade.  
Quando inclinei a minha cabeça no teu ombro ainda estranhaste, senti isso quando te desviaste um bocado, mas pouco tempo depois percebeste que eu estava na mesma corda que tu, não estava ali para te magoar.. Ás vezes a vida não é tão simpática connosco e o amor belisca-nos para termos a noção que isto não é nenhum conto de fadas - foi aí que derramei a primeira lágrima, foste tão sincero comigo, no fundo eu sabia perfeitamente o quão verdade era essa frase, eu estava tão ou mais pior que tu, apenas não o queria admitir..
Mais que uma noite não dormida foi a pulsação do nosso verdadeiro "eu", eu estava lá, tu podes-te sentir a minha quente e dolorosa presença junto a ti, não foi um sonho... por momentos eu pensei que não tinha sido.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

#meu passarinho


Está a chegar a hora de saíres do ninho meu passarinho, chegou a altura de levantares voou e ires voar para outras bandas, por uns tempos vais-te ver perdido, sem rumo e irás atrás do que o vento escolher, mas isso é até te habituares a bateres as asas de acordo com o batimento do teu coração.. eu irei estar sempre a pensar em ti meu pequeno pássaro, sempre a lembrar-me de como nos conhecemos e do primeiro dia que os nossos lábios se tocaram. Vou transbordar de alegria todas as vezes que voltares para me contares as novidades, para me abrires o que se vai fechando lentamente, meu amor, maior que esta dor que me fere o coração todas as noites por saber que não irás estar comigo, é o orgulho que tenho em ti e em tudo o que me ensinaste e irás ensinar...
Meu passarinho, o caminho para casa estará sempre devidamente marcado, para que possas regressar ao teu amor, aquele que te acompanhou durante 10 quase 11 meses, lembra-te sempre que não és um passarinho, és o meu passarinho.
(A universidade espera-te, e o meu coração também)

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