sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Pequeno coração de tinta tenho estado ausente. Não te preocupes, continuas com a mesma cor, eu é que fiquei fora da aguarela do teu sentimento, mas meu amor continuamos a namorar. Estás mais quentinho agora que sabes que voltei não é - as perguntas retóricas sempre te fascinaram - e eu estou muito mais alegre de ter voltado para o teu lago vermelho, ou azul, ou amarelo, ou verde ou arco íris.
Os teus olhos continuam ausentes da dor e do frio dos dias lá fora, continuas tão homem e tão capaz de me elevar aos céus. Eu sei que sempre foste assim, também sabes que eu sempre serei pequena e sempre terei o nariz frio, mas a verdadeira razão do nosso amor é esta. A felicidade acima de temperaturas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Mas não sou completa, não. Completa lembra realizada. Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada instante da vida e do mundo. Eu vivo completando-me… mas falta um bocado.
E eu nunca soube ser completa, sempre vivi com falta de algo, com carência de sentimentos, com medo de naufrágios amorosos, com rancores enfeitiçados, com modéstia nas palavras e sinceridade nos olhos. Menina de mil estrelas e de uma só cadente, feita de pétalas de rosas com uma coroa de ouro, pequena na dúvida e determinada na causa. Respiração ofegante e gemidos tremidos. Beija flor e trinca discussões. Tão simples e tão pura, tão incerta, tão eu. 
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