sábado, 29 de setembro de 2012

"eu achei que tinha tudo antes de te conhecer. e então deixei de acreditar que algum dia posso vir a sentir completa. Porque o ser humano nunca está satisfeito. E mesmo tendo-te e amando-te vai me sempre faltar algo." May Rose
Tem feito tempestade lá fora e cá dentro. Cá dentro do meu peito. Indestrutível tempestade de saudade e dor. A caminhar para a morte. Porque eu sou louca nos tempos livres e viro de pernas para o ar a minha loucura . Só os mais nobres conseguem alcançar-me neste mundo de dementes provisórios. De cegueira continua e a crença na salvação é obscura porque ninguém tem fé aqui, neste lugar. 
Mas eu acredito em Deus, porque só ele me pode salvar das palavras que queimam a pele e marcam o destino. Cruel e do avesso. Porque só Ele sabe o quão doente eu estou por não ter forças para confiar em mim e nos meus actos. Gritar não é opção mas ajuda a esquecer os problemas. Chorar não alivia a dor mas acalma o coração. E eu deixo-me ficar pálida e serena. Porque os loucos também têm os seus momentos de tranquilidade, nem que seja por breves horas de conforto emocional. Quando nos imaginamos a voar sobre tudo... Continuo louca. Sinto-me louca a escrever. Coisas sem sentido aparente, mas com fortes motivos para serem escritas e lidas por ti. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É fácil ser indiferente a alguém. Por mais que o queiramos marcar com a nossa simplicidade de rubi, a probabilidade de isso acontecer vai diminuindo. Culpa nossa? Talvez, amar demais alguém tem as suas contradições. Porque as pessoas têm a necessidade de apagar o passado. Aquele passado no qual estávamos inseridos. E enquanto as memórias se vão auto destruindo, nós continuamos aqui. A pensar que ele ainda se lembra de nós. Do nosso nome, ou do nome que lhe chamávamos. Mesmo assim continuamos nos recortes antigos. Imaginamos como seria o presente se o passado fosse diferente. Se a imensidão de desilusões fossem somente alegrias nas quais ele estava lá, para o podermos admirar. Porque por mais que alguém nos diga que foi o fim, sentiremos sempre que foi só uma pausa. E voltaremos ao início de novo. Relembrando... é o que somente nos resta. Relembrar o que outrora foi a nossa melhor fase. A felicidade. Depois, ficamos serenos e voltamos à realidade, onde tudo é mais duro porque não sabemos o que nos espera. E continuamos a viver. Viver.. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Talvez a distância seja a resposta. Tudo indica que se o Titanic não se tivesse aproximado do iceberg, ele não teria afundado. Sei lá, tiveram outros motivos? Ele afundou de qualquer maneira. Era isso que eu estava a tentar descobrir. Certos afastamentos são necessários… Ou melhor, certas aproximações nem deveriam ter acontecido. Mas quando o amor se torna mais forte que todos os quilómetros, a vontade de continuar torna-se também maior. Enquanto que a estrada foge e a saudade aumenta eu deliro com esperanças e novas ilusões para te voltar a ver. Porque a mente humana trabalha num todo e tem como finalidade a realidade. Porque a psicologia tornou-se ciência para explicar o comportamento humano e os processos mentais.. e a saudade continua inexplicável. De que vale o estudo da mente se a dor do coração continua lá? E vale a pena continuar a amar, porque enquanto a luzinha continuar a brilhar, é sinal que a esperança ainda existe e que te continuarei a dizer que te amo.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"Não adianta achares que uma chuva é o desabamento do céu, que uma rachadura significa a queda de uma estrutura inteira, que uma lágrima vai provocar um rio em que te afogas. Podes tentar proteger-te, mas se é para acontecer, vai acontecer. Então vai para o jogo e finge que esqueceste as regras, até porque, no final não há vencedores, apenas participantes."
Já passa das nove, o café já deve ter arrefecido, e eu continuo na cama a tentar recordar-me da noite de ontem. A luminosidade do meu quarto proporciona-me uma instável manhã, os raios de sol que batem na parede queimando-a e desgastando-lhe a cor.. enfim, pormenores.  Levanto-me ainda meio adormecida mas realizada, o marley continua a meu lado, nunca me traiu até agora, é o meu grande amor. Os dias têm se tornado pequenos, as manhãs mais dolorosas e as noites mais cansativas. O trabalho na revista também continua igual, há semanas que escrevo sobre desamores, algo que soa bastante bem para quem nunca se aventurou numa relação como eu. A minha chefe teima em não dar-me outro tema, a minha coluna está monótona com tantas lágrimas. Sinto-lhe a tristeza logo quando me sento e começo a divagar. 
Hoje só entro à tarde, tenho a manhã destinada a mim e à minha solidão. Com tantos pensamentos acabei por beber o café à pressa, queimando a língua, e por azar acabei com o último cigarro. Escusado será dizer que terei de sair à rua para abastecer o meu único vicio que me acompanha desde que o meu pai morreu. Avivar esta memória sempre que fumo destrói-me aos poucos, a minha mãe acredita que irá superar esta perda enfiando-se na cama com homens casados, e eu não a censuro. Afinal o seu grande amor acabou com a sua própria vida deixando-lhe uma viciada em café de vinte e três anos e sem namorado...
Eu tinha um apartamento na baixa, mas os fantasmas eram imensos sendo que a única solução foi pegar no marley e mudar-me para esta cidade sem nome e cheia de fumo. Os ponteiros nunca pararam, continuo a mesma rapariga que encontrou o pai morto, a única coisa que mudou foi a minha morada e o meu número de telefone.. tive de fazer alguma coisa pela minha sanidade.
May Rose (fictício)

domingo, 16 de setembro de 2012

Ás vezes prefiro não existir. Ter um fim trágico ou simplesmente desaparecer. Sinto que nada vale a pena e que não mereço a preocupação de ninguém. E penso muitas vezes no meu fim. Não tenho tendências suicidais, mas canso-me de viver. Porque constantemente faço coisas erradas, afasto todos de mim e choro como se estivesse à beira da morte. Encontro um refúgio aqui, perto do nada. E dói-me o coração. Sinto-me um lixo. Eu que em nada sou infeliz, que não tenho problemas familiares ou económicos. A mim que me chamam de pobre e mal agradecida, que não me compreendem. Ou sou eu que não me deixo compreender. Sinto um vazio enorme e faz ferida. Porque eu não quero ser assim e quando parece que está tudo calmo as trevas vagueiam mais uma vez ao meu redor e alastram-se pela minha casa. E eu sofro sem saberem. Sofro comigo própria e com as minhas atitudes. Desfaleço em qualquer situação e sou fraca. Fraca e incompreendida. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Instabilidade. Insegurança. Reacção negativa ao mundo. Impressionismo. Mudança de atitude. Maturidade. Determinação inconstante implícita em frases feitas. Diferença. E enquanto isso, saudade. Porque é impossível não sentir saudade de  um coração como o teu. E já voltou a época da coragem, enquanto eu me deixo esvaziar por aí.. voltou a fase do balão, e das lágrimas, e das partidas forçadas. Já me tinha esquecido como é doloroso dizer um "adeus, até para a semana". Eu respirava-te de uma maneira sedutora e mimada. Sinto falta de certos elementos comigo. Não os tenho. Não os encontro. Entreguei-os a ti, mesmo depois de te teres despedido com um beijo na testa. Agradeço, mas não é o suficiente. O mais que podemos fazer é trocar cartas pela lua. Ela não me engana e eu saberei sempre quando estiveres bem. Ou mal. Ou simplesmente com saudades minhas. "Hei de te amar, ou então hei de chorar por ti, mesmo assim quero ver-te sorrir.."

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Deixa-me, agora eu continuo o meu caminho sozinha. Não vale a pena seguires-me ou tentares contar-me histórias de fantasmas que comem pessoas para eu não prosseguir. Tu és inconstante e eu não preciso de corações assim a meu lado. Não gosto e não quero. És uma fatalidade do destino e tenho pena mas ao mesmo tempo deixo-te andar... não sou boa a fingir que estou bem e não tenho espírito para agradar a todos. Fazes das pessoas Deuses, qualquer uma serve para te acalmar.. a mim não. Somos diferentes. Tu és mais triste e melancólica e cheia de males. Eu sou mais alegre e sonhadora e amada por pouca gente. Ainda que eu não acredite que todos têm um lado bom, tu deixas-te ir na conversa de qualquer passarinho e isso magoa. Não distingues o bem do mal. És demasiado pequena e eu não lido bem com pessoas pequenas de espírito. Agora é a minha vez de ir de viagem, mas para longe. Onde encontrarei paz e amor, de uma pessoa só e não de uma eternidade delas. 阳光

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O que o nosso amor tem, é felicidade. E eu não poderia pedir alguém a não seres tu. Tu sempre serás o meu céu azul e eu sempre serei a tua flor encarnada. Nós sempre seremos uma para a outra, porque meu amor tudo o que eu desejo é ter-te aqui, a fazeres-me Sol. Porque eu não sei ler e tu não sabes escrever. Juntas somos arco íris de mil cores. Que se completam. Que se unem. Que se beijam. Quero-te em todo o calor da minha vida, e mesmo que venha o frio, quero-te por perto para me aqueceres. Enquanto a maré vai e vêm, tu permaneces como só um anjo faz. Porque és brilhante, doce e eterna como os anjos. Por isso pequena Abbie, eu acredito que a nossa mãe ande por aí. Não a minha. Não a tua. Simplesmente a nossa.
Eu tenho medo de falhar. De não compor mais versos nem conseguir emparelhar a rima. E enquanto se perde o encanto da música, a alma também se vai deixando ir ... alastrando todos os versos riscados mas tão bem sentidos. Porém a melodia ouve-se. Só não respiro, para não a estragar. E os galhos das árvores lá fora comungam com o estado de espírito... umas horas feliz, outras horas melancólico. E eu sou restos de notas musicais  tão indiferentes à música como ao coração. Tão agoniante como o frio que queima a pele cor da terra. Enquanto isso, vais deixando de tocar, o som começa a desaparecer e o vento torna-se outra vez o rei do mundo e controla tudo o que ouves. Como sempre, deixo-me estar. Já ninguém me pode salvar. Não hoje. Não a mim.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

E enquanto voam cartas daqueles que nunca tiveram coragem de as enviar eu aqui me pronuncio sobre como é bom saber amar. Um ilustre cultivo de amanheceres e esperanças. Só tenho pena de não poder perder-me todos os dias neste vicio consumista e intenso. Há quem diga que quanto mais forte o vento soprar mais amor conseguimos produzir, como se o amor fosse uma energia renovável... ou até é.
Enquanto tentas encontrar o caminho certo para nos levar, eu preocupo-me com o amanhã, porque o amanhã determina se o ontem valeu a pena. E acompanhada de medos levo lembranças e desejos reluzentes, porque eu quero fazer destas nossas lembranças um lugar seguro para chorar quando for preciso. Porque eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher como ficar perante esse sentimento.


domingo, 2 de setembro de 2012

Crónica (1)

Acontece que a fugacidade das relações de hoje em dia trazem mágoas aos corações que entendem que um amor é para sempre. Porém as consequências dessa má relação estão bem distantes de não voltarem a acontecer. Em média uma pessoa tem tendência a apaixonar-se pelo mais bonito e o que tem mais pinta. Contudo nem sempre esse sujeito aparece aos nossos olhos facilmente, o que é engraçado pois a maior procura que existe é nesse campo derrubando a estatística da procura de emprego. 
As probabilidades de encontrar alguém assim e nutrir um sentimento recíproco em pouco tempo é um quanto ou tanto baixa mas nem sempre se torna geral. Há aquelas mulheres que ao sofrer de amores chegam ao limite diário de exibição e tornam-se demasiado fáceis para o sexo masculino, o que é uma pena. Depois existe as mais tímidas que tentam a sua sorte por meios virtuais, o que até pode dar resultado se o parceiro não for pedófilo ou alguém não tão charmoso como se estava a pensar. Por fim existe as mulheres que sabem esperar pelo momento certo e com toda a sua paciência conseguem mover as águas sem provocar muitas ondas, o que pode ser um factor que contribua para uma boa relação que dure mais tempo que a anterior. São estas mulheres que demonstram a sua facilidade em carregar com os problemas e engolindo o orgulho , continuam a caminhada porque acreditam que existe uma alma gémea para cada um de nós.
É neste mundo feminino, que se pode comparar a uma selva, que cada uma luta por o que mais lhe dá prazer, retirando os 35% das mulheres que conseguem gerir uma vida feliz e familiar sem a ajuda do sexo masculino, que por vezes pode atrapalhar e muito na construção de uma cadeia social activa.

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