sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Não encontro outra sombra para mim, a antiga está cheia de medos e incertezas. Incertezas essas que me consomem dia após dia, em qualquer lugar, sou um vidro partido em mil cacos. Se alguém se aproximar tenho quase a certeza que se pode cortar por isso afasto as pessoas em qualquer circunstância.  Não consigo não pensar no que pensam sobre mim, é uma luta constante contra o desânimo e o sofrimento, estou tão fraca de espírito que já não me encontro (...) já não me reconheço. Não me lembro sequer de algum dia ter sentido esta angústia, era feliz e agora? Agora não sou sequer eu própria.

sábado, 4 de outubro de 2014


Esperar pela mudança quando a própria mudança é não mudar é frustrante. Consigo sentir-me a desesperar por dentro, são tantos os gritos de socorro, tantos os últimos suspiros, já nem distingo se vivo ou sobrevivo. Quando a tua alma é cheia de generosidade e somente recebes o mínimo o mais importante é saber que nem tudo o que foi teu será novamente. E são nesses precisos momentos de lucidez que me vejo rodeada de nada, em tempos fui amada até por vilões, hoje sou mais um bocado de vento. Estou profundamente desiludida com o presente que o futuro me proporcionou, de tantos desgostos possíveis, o meu é o mais doloroso e sombrio. A solidão é a morte de qualquer poeta.

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