quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Ainda não consegui entender se o que me consome sou eu mesma ou o que existe lá fora. Não me poupo a palavras.  Arrisco tudo o que alguma vez consegui ter e lanço tudo ao ar. Queria conseguir libertar-me de mim mesma, como névoa desfeita ou pedaços de vento perdido. Consigo escrever o que tu nunca conseguirás ler porque mesmo que entendas tudo no seu sentido literal, eu sempre fui uma metáfora. 

Olha à tua volta, não encontras mais nenhum barco perdido?
E porque haveria eu de encontrar?
Porque tal como tu, que andas perdida num mar tempestuoso, há mais como tu.. mais barcos sem rumo. 
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