Ainda não consegui entender se o que me consome sou eu mesma ou o que existe lá fora. Não me poupo a palavras. Arrisco tudo o que alguma vez consegui ter e lanço tudo ao ar. Queria conseguir libertar-me de mim mesma, como névoa desfeita ou pedaços de vento perdido. Consigo escrever o que tu nunca conseguirás ler porque mesmo que entendas tudo no seu sentido literal, eu sempre fui uma metáfora.
Olha à tua volta, não encontras mais nenhum barco perdido?
E porque haveria eu de encontrar?
Porque tal como tu, que andas perdida num mar tempestuoso, há mais como tu.. mais barcos sem rumo.