quarta-feira, 21 de março de 2012

O amor não deveria ser dado a conhecer a pequenos corações que não conseguem cuidar dele. Não como cuidam de feridas que nunca saram. Pouco a pouco tomas consciência que o amor deles também assim será... em cada erro cometido, em cada parte quebrada, tudo isso será difícil de sarar e aí não vais ter ninguém a beijar-te a face, porque esse coração pequenino que esteve contigo terá desaparecido na tua sombra.
Depois, serás carne ferida com as tuas próprias palavras, quebrarás as promessas divinas e julgarás qualquer um que te ofereça cura. Entrarás num moinho de lembranças e jamais irás querer vencer o impossível. Tudo graças à tua má escolha, aos teus sentimentos trocados e à tua falta de vontade.

quarta-feira, 14 de março de 2012


O relógio bate as horas e diz baixinho: Ele vem aí. E eu fico logo a imaginar as conversas que iremos ter, quantas vezes iremos cruzar as mãos, quais serão as piadas que irás contar para eu me rir. Amar-te é assim, imaginar e sonhar cada momento como se fosse o último dia da minha vida.

quinta-feira, 8 de março de 2012


Querer acordar a teu lado assim que o sol nascer, ver o teu sorriso tímido para começar bem o dia. Os lençóis quase soltos da cama, a tua pele branquinha com alguns raios nela ainda a brilhar. Os teus lábios quentes e até o teu mal hálito de horas dormidas. Eu quero. Quero poder sentir, quero poder viver. Temos andado tão frios que me congela a alma, por favor acorda e aquece-me.

sexta-feira, 2 de março de 2012




"Olha, eu sei que o barco está furado e sei que tu também sabes, mas queria te dizer para não parares de remar, porque eu ao ver-te remar dá-me vontade de não querer parar também. Percebes? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só pedires. Nem precisas de um jeitinho certo, é só dizer e eu vou. Faz algum tempo que quero ingressar nessa viagem, mas para isso preciso de saber se vais também. Porque sozinha, não vou. Não há como remar sozinha, eu ficaria assim a rodar em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se prometeres remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer bem, vou todos os dias para a escola. Mas tens que prometer que vais remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas tens que remar também. Eu desisto fácil, tu sabes. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só pedires. Perco o medo de dirigir só para atravessar o mundo para te ver todo dia. Mas tens que me prometer que vais remar comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta pedires. Mas nós temos que afundar juntos e descobrir que é possível nadar juntos. Eu ensino-te a nadar, juro! Mas tens que prometer que vais tentar, que vais-te esforçar, que vais remar enquanto for preciso, enquanto tiveres força! Tens que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena. Que por ti vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar."
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