terça-feira, 31 de julho de 2012

Tuesday, 31 July 2012

Eu tenho a certeza que sou capaz. Sei perder-me nas palavras e digo coisas que não penso. Invento frases e delicio-me com o resultado da minha literatura. Sou uma autêntica marioneta de escrita, inventada por um escritor e com uma história real para contar. Crio enigmas para eu própria desvendar e realço todo o espanto dos livros em pequenos versos de prosa que escrevo ao anoitecer. Não tenho paz em mim, sou um fervor em pessoa que acumula sentimentos, que os transparece e se afoga nele como um pequeno pássaro ao sair do ninho pela primeira vez. Tenho medo do medo e fujo da solidão. Tranco-me em supostos "ses" e lá vou eu, render-me ao instante e à surpresa.
Está um sol abrasador lá fora e uma tempestade enorme cá dentro. Sinto que o ar está gélido capaz de me cortar, cortando o meu último respirar, a minha última palavra. Sinto-te longe e transformado. Será a vivência de um sonho ou estarei mesmo a acordada?

domingo, 29 de julho de 2012

Sunday, 29 July 2012

"Porque ninguém se mantém interessante ou mágico. Mas a gente espera, lá no fundo, perdida e cansada, que a vida compense de alguma maneira. E a gente ganha dinheiro, compra roupa, aprende novas piadas, coloca protetor labial. Só para que a vida compense em algum momento. Só para ganhar algumas coceguinhas no coração. Coração burro." o meu coração  hoje está assim, porque está adormecido ainda, porque passou uma má noite. Hoje tenho várias horas para tentar acordar, ou voltar a sonhar ou ainda voltar a dormir. Mais vezes sou eu por mim do que ele a tentar-me colocar-me viva. Escassez de sofrimento outrora causado.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Certos dias acordamos já perto da tarde e mal amados. O coração tem tendência a arrefecer quando estamos na solidão e coleccionamos recortes de jornal de anos atrás sobre temas filosóficos que abordam todas as interrogações que temos. A ansiedade aumenta e os batimentos reduzem-se, chegamos até a pensar que somos fantasmas de nós próprios envolvidos em almas mais que transparentes e sólidas. Os músculos, ainda presos e quase mortos, não me deixam andar, nem levantar, nem viver. E eu ainda quero viver.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sou critica em relação à sociedade. Gosto de um pouco de luz à noite enquanto todos lutam por uma escuridão eterna. Escuridão essa que invade corações e deixa os mal amados cansados depois de um dia de sofrimento. Gosto do tempo ameno a meio da tarde. Enquanto que a sociedade implora com o seu próprio corpo por um sol aterrorizador, que queima a pele e faz ferver o oceano de pensamentos. Gosto de sorrisos pela manhã. Onde todos preferem instalar a cara de desânimo por saberem que é um novo dia e os males continuam a bater à porta ou à espera que uma janela seja aberta. O preto e o branco dão me alegria. Enquanto isso existe pessoas lá for a criticar a falta de cor no mundo e a saudarem-se de forma estranha. Gosto de uma morte leve. Em contrapartida milhares de almas foram puxadas pela escassez de sanidade e sofreram para que o ar lhes faltasse. E gosto ainda de iniciar-me no fim e acabar no inicio, regra essa que a sociedade aboliu desde que se rege por uma forma ordenada de princípios constitucionais e melancólicos, paralisantes e manipuladores. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

E voltei a perguntar o porquê de toda aquela ansiedade que lhe provocava um mau estar, reboliço no estômago e falta de ar. Eu não entendera como ele cá chegara, não percebera bem a conversa ofegante que ele teve quando chegou perto de mim e me disse que amava, eu só sabia que aquele mundo não lhe pertencia. Voltei à retaguarda e sentei-me junto a ele como se de um animal abandonado se tratasse e dei-lhe de beber. Sacudi-lhe o casaco amarrotado pelo vento e amaciei-lhe a face queimada pelo sol. Voltei a insistir de onde ele tinha aparecido e somente recebi um gemido como resposta, amo-te. Era certo que algo se passara e que a sua orientação não estava correta. Eu nunca o vira na minha vida e estava perplexa a contemplar a força que aquele homem tinha para dizer um amo-te nos dias de hoje. Não era eu a receptora da mensagem mas eu tenho a certeza que ela ficaria contente, nem que fosse só por ouvir tamanha palavra de um homem tão elegante como ele.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Eu vou mas não volto. Porque se voltar vou tornar a dizer e a fazer os mesmos erros de sempre. Vou voltar a  entornar a caneca do café em cima da mesa de pedra gelada. Vou abrir novamente as persianas e respirar o ar poluído que me destrói aos poucos. Vou começar novamente a fumar como uma desesperada e sentir-me inútil ás portas do céu. Deixem-me refrescar o corpo em paraísos perdidos e terras distantes, alastrando a podridão de vida que me consumiu até hoje. Deixem-me sentir comida pelos espíritos do futuro que me levam até ao rosto do presente encravado nas garras do passado que se auto-consome e arde no fogo do inverno. Deixem-me alcançar a paz que eu pretendo, longe dos vícios antigos e das falsas esperanças que me fazem procurar um emprego. Saram-se as feridas enquanto vasculho memórias que me alegram este meu inicio de dia acompanhado por uma chávena de chá, numa casa nova com varanda para o outro lado do mundo, mais puro, mais neutro, mais estranho e que não me pertence.

domingo, 15 de julho de 2012

Eu tenho medo do quanto eu te consigo amar. Tenho medo dessa imensidão de sentimentos reproduzidos só para um ser humano, que também erra, que não é perfeito e nem sempre está certo. Tenho medo porque enquanto o fim do mundo não chega as ideias mudam da noite para o dia e tu podes esquecer-te do que já fizemos juntos. Existe várias maneiras de me afogar neste sentimento e recorro sempre a imaginar-te com outra, isso sim, consegue afogar-me e deixar-me sem ar, chegando ao ponto de ver a morte a agarrar-me a mão e a dizer "está na hora Maria". Eu tenho medo da morte. Tenho horrores de não respirar enquanto sou coberta de pensamentos de coisas que poderia ter feito e ter dito. Eu preciso de tempo para saber crescer, para saber lidar com a auto-confiança. Até aí continuo a amar-te ainda mais, até um dia o meu peito rebentar e voltar a morrer. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Thursday, 12 July 2012

A realidade envolveu-me e detonou-me como que se deu uma bomba se tratasse. Repeliu-me de todos os sonhos e mastigou-me até me esmagar completamente. Sinto-me devastada desde então, perplexa com cada volta que a terra dá, com os acontecimentos que me rodeiam e com a cobardia do ser humano. Cansei de me envolver em torno da maré, escoar todos os meus medos e ser atacada por eles mesmo. A fuga da informação era cada vez maior e a minha auto destruição era cada vez mais áspera.  Sinto-me só à noite, na escuridão que me consome sempre que me perco nela. E de dia sinto-me neutra e indefesa, quando a luz do dia se apodera da minha visão e me retrata como um ser das trevas que nunca teve paz ou amigos.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Wednesday, 11 July 2012

"Mas ela gosta de coleccionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias."
Repararam como esta frase nos descreveu tão bem? cada letra foi colocada no local correcto para que o final fosse sinónimo do meu, do teu e do nome dela. Somos um enigma disfarçado de papel cor de cosa com uma fita branca e um papel de identificação. Só quem nos abre poderá afirmar qual a essência de que somos feitos e qual a massa que produzimos para seduzir o próximo. É que eu sou do tipo de pessoa que todo o mundo diz que conhece. Mas enganam-se.  

terça-feira, 10 de julho de 2012

tenho 468 seguidores, de entre estes 468 apenas uns 12 falam-me, gostas de me ler com frequência, deixam o seu carinhoso e caloroso comentário. E sabem é triste, porque eu gostava de ter estes 468 blog's como amigos, guardados no meu coração cada um com uma história diferente. Porque eu não sou uma pessoa difícil vocês é que me tornam difícil chegando ao ponto de aceitarem comentários meus e nem me responderem. A todas essas pessoas com mau carácter não esperem a minha compreensão mas sim o meu "unfollow" tanto no blog como no coração. Aos restantes que tanto me animam façam o favor de me seguir, quero partilhar pensamentos com vocês, https://twitter.com/maryparc

Tuesday, 10 July 2012


"Ele perguntou-me porque o amava, eu sem saber o que dizer respondi: Eu amo-te porque sou melhor a teu lado, porque é ao teu lado que tudo em mim fica mais bonito e os dias ficam mais bonitos de viver. Eu amo-te e esse sentimento vai além de qualquer explicação, eu amo-te pelo que sou quando estás comigo."
Hoje estou assim, tão carente meu amor, porque quando estás mal eu também fico mal, porque quando estás bem eu também fico bem. Meu amor, não te preocupes, eu estarei sempre a teu lado aconteça o que acontecer.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Adoro romance e adoro ainda mais fazer parte dele. O nervosismo antecipado e a escassez de palavras. Mas não gosto muito de falar dele. Não sei, quanto mais espalho o meu romance mais pessoas invejosas aparecem e mais azar dão ao meu amor. Eu sou assim, uma apaixonada nata, feita de borboletas na barriga e imensos corações em redor da minha cabeça. Navego todas as noites em sonhos doces e aqueço-me sempre com frases enviadas tanto seja de manhã ou de noite.E perco-me assim, na minha imensidão de amores e desamores, semelhante a uma pequena maré que vai e fica. Mas por enquanto a maré tem ficado e eu tenho amado, tenho chorado e tenho lutado. Porque eu tenho um amor próprio bastante meu e bastante teu e deles. E tenho-te a ti, não como certo mas como amor de um "para sempre".

sábado, 7 de julho de 2012

E quantos gritos de guerra eu já ouvi vindos do horizonte, acompanhados com a angústia de mães que perderam os filhos e de homens que se dividiram em vários pedaços de corpo. E choro a ouvir a miséria de mundo destruidor e dessa dor crónica que me invade a mente, deixando-me reduzida a culpas e a sinuosas palavras que eu disse que vieram a provocar tal semelhança de dor. Eu nunca fui má pessoa, mas também nunca fui dada a amizades novas. Sou escrava de mim mesma e do meu mau feitio que me resgata sempre que a doçura de uma palavra invade o meu paladar e me proporciona a mudança das orações nas minhas frases. Não quero mais ser assim. Quero irmãos sem ser de sangue. Quero estrelas no meu céu, sem medo de me contrariarem. 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Existe partículas no mundo que nos tornam mais frios e arrogantes. Existe enigmas que nos fazem mais misteriosos. Depois existe pessoas como eu, inseguras e envergonhadas. O meu problema é saber que o mundo é redondo e gira a cada passo que dou, tenho medo da gravidade, excêntrica e demasiado visível. Depois tenho a mania de refugiar-me em melodias dramáticas e imagens melancólicas, ironia, o meu coração tem amor para dar e vender, em caixinhas pequenas com uma dose forte. Tudo isto metaforicamente falando.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Eu não tenho palavras novas e o sentimento continuo o mesmo. Cheguei à pouco tempo e decidi ficar, a língua que eu conhecia é somente esta e nunca fui boa a aprender novos dialectos. O cheiro a café é inconfundível e já recebi saudades de quem sempre me aqueceu o coração com boas histórias de amor. Fui resgatada a tempo pela saudade e regressei a casa com medo de que a chave não fosse a certa para esta fechadura. Mas com esta fuga, aprendi que um dia vocês vão descobrir tal como eu que as pessoas só nos atacam quando se sentem ameaçadas. E que o motivo principal que leva alguém a não gostar de nós é exactamente a inveja e a incapacidade não conseguirem serem iguais à nossa imagem no espelho. Afinal, quem acha feio simplesmente ignora, agora, quem critica, sabe que jamais conseguirá chegar aos nossos pés. com amor e saudade da vossa May.
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