segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Ironias do destino, senti-me armadilhada na minha própria pele. Escondi-me atrás de diversos disfarces, façanhas, rotinas, enfim, movimentos singulares que me permitiriam ser mais "eu própria". Agora que eu já nem sei quem sou, não sei mais como me revelar porque esconder-me é o meu ponto forte. É o tempo das mudanças e das novas realidades, é o tempo de descobrir um novo eu, sem mais rodeios ou estranhas impressões alheias. Mas o nosso amor continua o mesmo e, graças a Deus, estarei mais perto de ti e de nós. O nosso amor continua intacto como no inicio e apesar de tantos buracos que encontramos ao longo do nosso caminho, a verdadeira glória é a do vencedor, somos nós.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Olho-te nos olhos e ofereço-te mais uma oportunidade de seres feliz. Enquanto que lá fora os dias continuam quentes e monótonos, a decisão final para tudo mudar é tua. Ainda que os caminhos mais longos e dolorosos sejam os mais difíceis, sei que dentro de ti há a chama que nos une. Sinto o céu rasgado a implorar para que voltemos a ser mais um corpo uno, salgado e inseparável. Mais uma completa epopeia de feitos gloriosos, mistificada com certos falatórios que pressupõem o nosso fim. Deixo-te aqui a única razão do nosso encontro e continuo a recta paralela que os nossos olhos encontram à sua frente.
- Haverá algum dia que seremos completos e felizes?
- Só o tempo o dirá. 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tenho saudades de escrever para um público interessado e fiel. Um público sensato nos comentários que faz, realizado e orgulhoso. Está a anoitecer e eu preciso de público, onde andam vocês? Falta-me a magia para vos conquistar? A ousadia de ser cada vez mais feroz e esmagadora nas realidades escritas? Gritem-me, esfolem-me a pele mas por favor digam-me o porquê? O porquê de tanto silêncio a meu redor. Quero barulho, rispidez, amargura, gritos, confusão. Quero sentir-me viva mais uma vez porque sem vocês e sem sinal de vida sinto-me morta. Mais uma vez morta. Venham pequenas fúrias divinas, embrulhadas em pétalas de rosa preta. Acorrentadas pela malícia do "ser ou não ser" ou da dúvida mortífera que é a efemeridade da vida. E repito-me, repito-me sempre em temas de conversa. Enfim, só e repetida.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Aceitemos então que estamos sozinhos e, a partir daí, façamos a nova descoberta de que estamos acompanhados – uns pelos outros. Quando pusermos os olhos no céu estrelado, com a furiosa vontade de lá chegar, mesmo que seja para encontrar o que não é para nós, mesmo que tenhamos de resignar-nos à humilde certeza de que, em muitos casos, uma vida não bastará para fazer a viagem – quando pusermos os olhos no céu, repito, não esqueçamos que os pés assentam na terra e que é sobre esta terra que o destino do homem (esse nó misterioso que queremos desatar) tem de cumprir-se. Por uma simples questão de humanidade.

— José Saramago

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alguém me leu. As minhas páginas estão machucadas dos dedos ásperos e suados. Sinto que a minha existência incomoda alguém, será? Deixa-te estar, enquanto não ouvires a razão dentro do teu próprio ser, não serás capaz de me atormentar. A minha existência é a tua morte. E enquanto isso é fatal como o destino eu não me preocupo com mais nada. Não me resta sonhos para construir nem desejos por realizar, eu sou um pote de ouro. E tu não és nada. Nunca foste nada, só inveja e ciúme.
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