quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Chegou ao fim

É verdade. A realidade é que a generosidade não dura para sempre, quer queiramos ou não, foram muitas noites e dias instalada numa sala a trabalhar para alguém a troco 0. Nunca me senti mal por isso, aliás, quem decidiu começar a ajudar a modificar o design de cada blog fui eu pois quando senti necessidade de fazer o mesmo ao meu, não houve ninguém que se oferecesse para o fazer de graça. E, apesar de o blog ser parte de mim, não estava disposta a pagar 20€ ou mais para o ter como gostava. Assim sendo, entrei neste mundo de ajudar sem olhar a quem, o que me tornou uma pessoa melhor, no entanto, senti que devido à minha boa vontade, existia quem abusasse um bocadinho. Sempre estive disponivel para tudo e estou muito orgulhosa dos design's que construí para as meninas mas, por várias vezes, senti que o meu trabalho não foi reconhecido. Eu não era obrigada a trabalhar para alguém que nem me estava a pagar e mesmo assim ficava até horas infinitas a trabalhar no blog, a aprender coisas novas, dei por mim a modificar design's inteiros 1 ou 2 vezes porque, enfim (...) Dei o meu melhor e estou de consciência tranquila quando digo que adorei esta experiência. Para quem tem um design meu e precisa de acrescentar algo, sinta-se livre de perguntar no e-mail, no entanto, não voltarei a fazer design's na integra. Um grande beijinho, Rosarinho.

domingo, 23 de agosto de 2015

Na altura era criança, e agora?

“Não dá para continuar porque tu és demasiado criança”. Usam e abusam desta desculpa como se ser criança fosse impedimento para algo, a verdade é que ser criança é relativo. No entanto, a nossa relação nunca foi relativa, tu sempre achaste os meus defeitos sinónimos de infantilidade e, em vez de os tentares perceber, sempre te deixaste ficar a um canto à espera da primeira desculpa para me deixar. Poderias atacar-me por vários lados mas preferiste acusar-me de ser criança, sinónimo de inocência, felicidade espontânea, paz de espírito, enfim. Hoje sinto que o que me faltou na altura foi maturidade suficiente para te responder “Antes criança do que amargurada da vida”, virar as costas e não pensar duas vezes em olhar para trás. Viver com alguém que não entende os seus próprios sentimentos de modo a compreender os sentimentos dos outros não é saudável e lamento que não tenha percebido mais cedo que tu eras assim. Como criança que sou, gosto de viver a vida sem ter de me preocupar com o que não vão gostar em mim ou se tenho de mudar por alguém. Hoje sou muito mais feliz comigo mesma graças a essa tua estúpida frase para acabar relacionamentos e espero que nunca encontres alguém que te considere uma criança, porque de inocente não tens nada.

Acredito que sim

Há caminhos que são traçados muito antes de sabermos que o foram, passamos várias vezes pela nossa cara metade e nem imaginamos que um dia essa pessoa vai ser a que nos fará feliz ou então somente a pessoa que ficará por uns tempos na nossa vida.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Ondas do mar

As amizades são como as ondas do mar. Vão e vêm. E quem disse que as amizades são para sempre é porque nunca se deixou enrolar por uma onda, ao ponto de se deixar afogar. Ser amigo não é construir bonitos castelos na areia, é saber destruí-los quando é necessário e ajudar a reconstruir. Estou convicta de que estamos rodeados somente de conhecidos com pequenos interesses por coisas aleatórias que não seja em nós e no que temos para dar. Ser amigo não é tapar-nos o sol, é fazê-lo brilhar ainda mais quando nos vê, não há competições de quem deve brilhar mais, há partilha, amor, carinho. Quando a maré enche deixamos de ter pé em zonas que nunca imaginamos, resta-nos nadar até à superfície e tentar alcançar a margem, sem nunca colocar em causa a nossa capacidade de sobrevivermos sozinhos. A amizade deveria ser sinal de segurança mas nem sempre o é, e agora, ainda achas que tens amigos?

sábado, 8 de agosto de 2015

Sempre a mesma treta

Quando alguém chama de "meu" a algo que foi teu o vazio surge de novo. Eu não sei se sou eu, se és tu ou é o nosso fracasso de relação que me incomoda. Magoa-me sobretudo o facto de teres permitido com que crescesse algo com outro alguém se não eu e que ainda lhe respondas com sentimento e afecto. Nós somos jovens, crescemos num mundo onde a liberdade nos faz querer novas experiências e a angústia é esquecida em prol de festas e álcool que nos tornam vulneráveis e nos fazem derramar lágrimas a noite toda. O problema será sempre eu sentir de mais. E nada do que sinto se destina a uma relação amorosa, este desabafo é sobre a amizade e sobre o que ela representa para mim porque deveria ser sinónimo de eternidade, entretanto tornou-se sinónimo de saudade e melancolia. E enquanto eu guardo para mim o que resta de nós e procuro ir atrás do que quero na minha vida, deixo-te esta questão: Quando eu deixar de ir atrás de ti, quem virá atrás de mim?

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Decidi viver hoje

Tomamos decisões na vida que nos confrontam mais tarde. Por breves momentos decidimos não relembrar o que outrora formou os nossos caminhos até hoje. Há um silêncio que nos faz perder a conta de quantas vezes fizemos contas para saber o resultado do futuro agora descoberto. Na realidade, não é só o que não fiz que me arrependo, o que fiz também deixa as suas marcas, feridas abertas, por sarar, salpicadas com sal. Só o que fica e perdura é que nos faz ser quem somos. O que foi é história e de história vivem os museus, é o que dizem.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Sinto-me em casa

"Lar doce lar". Sempre que inspiro tranquilidade e serenidade, seja onde for, sinto-me em casa. Gosto de sentir o sol a bater-me na cara, espreitando pela janela, fazendo várias sombras na parede branca. Quando o silêncio se apodera daquele espaço, o eco da minha respiração torna-se cada vez maior e a vontade de adormecer, entre as quatro ou cinco almofadas, é inevitável. Gosto de me sentir em casa mesmo sem estando em casa. E que bem que se está no que nos faz bem, bem ao espírito, bem à alma e bem à mente. Dá-se a renovação de um ser melhor, melhor para com os outros e para connosco próprios, porque estar bem é essencial e eu procuro estar bem - embora seja difícil em muitos casos. Agora que me sinto em casa, posso descansar no sofá que me acalma a ansiedade de voltar a conviver com o que me desinquieta e tudo o que me desinquieta vive lá fora. Depois da porta. E aí já não me sinto em casa.

domingo, 2 de agosto de 2015

Quando a saudade bate à porta, deixo-a entrar?

Há relações que não fazem sentido aos olhos dos seres humanos mas fazem todo o sentido aos olhos de Deus. Vivemos uma história de três meses que marcaram duas vidas que se encontraram e decidiram unir-se. Uma amizade tão forte que, pensara eu, nenhuma tempestade poderia derrubar os fortes muros construídos ao seu redor. Éramos duas almas gémeas do mesmo sexo, com um gosto enorme pela vida e por tudo aquilo que ela nos dá, quem olha hoje para nós não diria que fomos tão chegadas. Os caminhos separaram-se de tal forma que nenhuma encruzilhada nos levava à outra. O tempo foi passando e o que éramos deixou de ser de um momento para o outro, não restou um pingo de coragem para voltarmos a tentar construir o que tínhamos. Hoje, passado 1 ano e 8 meses, encontro-me aqui, morta de saudades de alguém que fez com que três meses fossem três décadas de alegrias e tristezas, mas sempre juntas. Deixei de culpar os outros por o que nos aconteceu, deixei de te culpar por me abandonares, deixei de pensar no que se passou enquanto não estivemos juntas. Comecei a olhar somente para as coisas boas do passado e foi aí que a saudade decidiu bater à porta. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Inspire


Eu não sou eu nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermédio, pilar da ponte. De tédio, que vai de mim para o outro.
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