quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

06.12.12
Não tive a necessidade de o dizer. Aliás, nem consegui. Foi muito mais fácil fingir que não me importaria com a tua ausência, e assim, deixei-me ficar no meu lugar. Enrolei-me em mantas até perceber que o problema não eras tu, era eu. Facilmente deixei-me desinibir pela novidade e nem me deparei com os riscos que isso iria causar. Não da forma como foi. Fiquei tão estática na altura que ainda me revejo nesse pranto. Achei que até então nada tivera sido sincero, apenas circunstâncias momentâneas e pedaços de nunca riscados com sabor a probabilidades reduzidas. Foi desta forma que fiquei como um pássaro sem ninho, petrificado no meio de uma auto-estrada. Imóvel como um fantasma. E faço por não pensar no que aconteceu, as recordações são demasiado inúteis para alguém que tem horrores ao passado. Mas faço deste exemplo o último exemplo, senti que se não foi aceite foi porque os céus já há muito têm o lugar certo ocupado. E se não fui eu e tu, serei eu e ele. Porque ele é muito mais Deus que tu e no meio de tantos defeitos o amor acaba por ser verdadeiro. E não palavras ditas porque o momento proporcionava para tal. 

6 comentários:

  1. que escrita tao bela, querida.
    e estar a ler o teu post com esta musica calmante e aconchedora ainda me faz levitar mais na minha vida. identifico-me com este texto. acredita numa coisa doce: um dia vais acordar desse estado de dormência, e vais dar o teu melhor para o mundo e ser o melhor para quem te quer bem. beijinho.

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  2. Escreves mesmo bem, amei o teu blog! sigo *

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  3. Identifico-me muito com o texto.
    Adorei :)

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Para a Rosarinho:

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