terça-feira, 11 de dezembro de 2012

11.12.12, Dear Abbie
O que a restava era escrever, escrever o que ninguém um dia iria ouvir, ou saber. Caneta, papel e toda uma madrugada pela frente. Esvaziava-se completamente de si e pouco antes dos primeiros raios de sol, o fogo transformava tudo em cinzas. Era o seu prazer maior ver as suas angústias virarem pó, e a fumaça cinzenta que ardia nos olhos fazia-a chorar por um breve momento. É certo que ela era um mistério e que ninguém compreendia o seu silêncio. Mas quando se aprende a ser sozinha, e a queimar os sentimentos derramados num pedaço de papel, falar torna-se dispensável, e as pessoas, também.
May Rose
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