terça-feira, 18 de dezembro de 2012

18.12.2012
Já não sabia não dizer-te como estava o tempo pela manhã. Afastar as cortinas e abrir as janelas para poder respirar o ar que corria a toda a velocidade lá fora, por entre a pressa de cada um de nós que tem uma vida própria tão ou mais complicada que a do outro. Dar-te a novidade meteorológica era a minha única desculpa para poder conversar contigo, e após esse assunto, mais viriam e estaríamos ali horas e horas sem nos apercebermos que o tempo para estarmos juntos já tinha acabado. E depois recolhias-te novamente para o teu único e confortável lugar.
Agora não sei mais se isso foi o certo a fazer porque nada de certo é o passado. Mas quando me lembro das nuvens a mexer e das variadas formas que eras capaz de encarnar ao vê-las, perco a vontade de odiar o que em tempos foi natural de viver. E sinto que fui feliz por meros instantes quando cada sorriso era motivo de insónia ou a felicidade reflectia-se em todos os dedos entrelaçados. Mas deixa passar, não há nada pior do que querer voltar atrás..

9 comentários:

  1. está tão bonito o que escreveste.
    'Mas quando me lembro das nuvens a mexer e das variadas formas que eras capaz de encarnar ao vê-las, perco a vontade de odiar o que em tempos foi natural de viver' adorei*

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  2. gostei tanto!
    segui http://mundonacabeceira.blogspot.pt/

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  3. muito obrigada minha querida :) e sim há tantas histórias que desconhecemos, almas que podem ser tão bonitas e andam perdidas.

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  4. é pena mesmo mas ele não o quis.

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  5. Lindo. Deixar passar, é o segredo. :)

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Para a Rosarinho:

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