quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cego-me de um olhar pálido e gelado, incapaz de ameaçar qualquer amanhecer que se estenda no âmbito de se prolongar. É a luz que incomoda os corpos fracos e pequenos, os ossos frágeis e partidos. E num instante parte-se a vontade de continuar e fica somente restos de virtudes e alegorias. Fazes parte de mim, sempre o fizeste e eu sempre o soube. Fluir é a melhor opção, rastejar, como um insecto que não morre ao primeiro impacto e tu és eu. De várias maneiras sabemos nós do que somos constituídos  se é ferro, se é plástico, se é dor ou amor. E não importa mais o que fomos um dia antes do hoje, porque isso já lá vai. Já não paga impostos nem é culpado do mal do amanhã. Não resta dúvida de que fomos heróis e que também esquecidos o fomos como um distúrbio mental que se faz notar no cérebro do mais astuto. É fatal e torna-nos doentes. Doentes da cabeça e da alma. Mas sobretudo da alma.

11 comentários:

  1. Palavras marcantes, vibrantes, viciantes. Gosto de todo este misto destas tuas palavras*

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  2. O teu texto está fenomenal, mas espero que as coisas comecem a correr melhor por esses lados :)

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  3. Não tens de quê. Não deixes fugir este bom para a escrita :)

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  4. e mais uma vez levas-me com as tuas palavras..eu preciso de ti! muito, muito, muito. és maravilhosa. agarra-te a mim, não te vou deixar cair, prometo-te irmã

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Para a Rosarinho:

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