sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Há um mar que habita em nós

Não me importa se a maré continua vazia, esta praia nunca mais será a mesma sem ti. Em tempos existiu algo que nos unia e nos deixava a pensar nas restantes metáforas da vida. Hoje são só lembranças distantes e dispersas que se atrevem a escapar-me pela memória. Lembro-me de seres a âncora do meu barco, já meio despedaçado e com falhas, de assumires o papel de bússola e me indicares sempre o norte em qualquer viagem. Hoje sinto-me a pairar sobre as ondas que me levam ao fundo e arrastam-me contra as rochas vezes sem conta. Tive pressa de crescer, de te ver crescer, ou melhor, pressa de nos ver crescer e essa constante pressa do amanhã foi tão ofegante que tornou-se insuportável continuares a meu lado.

6 comentários:

  1. andas a escrever coisas tão tristes! Bonitas, mas tristes. Espero que estejas bem*

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  2. Escreves tão bem :')
    http://bloguedacatia.blogspot.pt/

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  3. Tem que ser sempre os dois a remar contra a mesma "maré". Texto triste mas escrito com o coração, como sempre.

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  4. Adorei, mas parece-me tão tristonho. Espero que esteja tudo bem contigo!

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Para a Rosarinho:

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