domingo, 28 de junho de 2015

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Sempre gostei de um belo café quente pela manhã enquanto esperava por uma mensagem tua, as famosas e tão desejadas mensagens que nunca te dignaste a enviar. É verdade, sempre esperei por ti, mesmo quando nunca o soubeste. Hoje penso na quantidade de tempo que gastei à espera de um sinal da tua presença. Na altura parecia o certo a fazer, estar ali a teu lado para tudo, ser uma sombra silenciosa mas presente que caminhava junto a ti. Tu serias o rio que iria sempre desaguar a mim e eu, tola, acreditei que a mensagem chegaria sempre à hora o meu café, até ao dia que não chegou. As palavras secaram e com elas o meu orgulho também, sentada, sozinha e com saudades de um mito. Imaginara este dias vezes sem fim mas nunca acreditei que ele chegasse a nós, porque tu precisavas de mim para caminhar.. Ou era isso que eu pensava. Quando o passo era maior que o comprimento das tuas pernas, lá estava eu, uma muleta humana sempre disposta a aparar a tua queda ou a evitá-la. E, afinal, quem evitou o meu desabamento? Quem foi a minha muleta quando não consegui mais esperar por uma mensagem tua? A resposta está no tempo. O tempo lavou-me a cara, secou-me as lágrimas e voltou a lançar-me ao céu, estava na altura de eu começar a voar sozinha. Sozinha mas feliz.

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Para a Rosarinho:

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