domingo, 20 de abril de 2014

Perguntei-te logo ao início se seríamos alvos de desmembramento. Garantiste-me que não. Ainda assim fiquei com um pé atrás. 
"Para o amor é preciso tempo. Desgastes emocionais todos temos, mas só os fortes conseguem lidar com a pressão lá fora. Insistir que está tudo bem quando nada faz sentido é um erro.
Dizer que amamos sem sinal de felicidade também é outro erro."
Entendi que poderia confiar em ti como o azul do céu confia no branco das nuvens para fazer um quadro digno de uma exposição. Amei. Lutei. Sofri. Senti que eu também ganho ferrugem. E aos poucos fui-me apercebendo que o nosso barco tinha ranhuras que deixavam a água entrar. E de imediato lembrei-me do titanic e congelei. Não seria a outra mas senti-me como tal. A mais. Quis esquecer a vida, pedi a Deus para me colocar fora do mundo dos vivos, não quis ver o nosso desmembramento precoce e sem vontade mútua.
"E de tantas vidas que já vivi, em qual delas cometi um crime tão grave para merecer isto?"
Nada mais valia a pena. Ninguém entenderia o quão apaixonada sou pelos teus nervos. Prometes-te não voltar a afogar o que restava de nós. A confiança, desta vez, tinha ficado fora do barco. 

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