terça-feira, 7 de julho de 2015

Quando dois significa eu e eu

Quando já não há amor tudo lhe irrita: a tua voz, as tuas manias, a tua respiração. Quando já não há amor também já não há nada a fazer, não mudes por alguém que já não te queira, guarda-te para alguém que te veja como és e te sinta como o seu mundo. Histórias de amor não foram feitas para Gregos e Troianos, foram feitas para quem já não acredita que podemos ser felizes com alguém, são ilusões que nos fazem duvidar das nossas capacidades, de nós próprios como pessoas. Ser feliz sozinho também é opção, uma opção acorrentada pelas tradições que veneram o casamento,a vida a dois, o compromisso recheado de dissabores escondidos. Tenho pena que só vejam os solteiros como pessoas com azar no amor, quando são muito mais que isso. Ser feliz sozinho deveria ser motivo de orgulho, a capacidade de nos satisfazermos sem promessas que não se cumprem faz com que haja esperança para um novo dia. Pensei que partilhar um sentimento com alguém poderia ser a solução de todos os problemas mas as guerras continuaram, as falências, as mortes, o mundo não se sentiu emocionado com a junção do homem e da mulher. Por isso mesmo, guardemos a ideia de que estar com alguém é sinónimo de felicidade numa gaveta, tudo o resto melhora se pensarmos no amor próprio que podemos produzir.

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Para a Rosarinho:

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