E de todo o vazio incontrolável naquela sala, foi o teu que me despertou. Sentia todas as partes do teu corpo a vibrarem, como cordas de um instrumento musical. Estavas tenso e fechado. Estavas tão tu próprio que as pessoas chegavam mesmo a perguntar se estavas bem. Tu nunca estiveste bem, nunca foste de pegar numa caneta e escreveres até as mãos sangrarem. Nunca foste de sorrisos, de frases longas ou de cortês simpatia. Sempre foste o mais controlado e ansioso daquela sala. E resultante de tal memória, ainda me invade o cheiro a pó, incrustado em toda aquela camada de papel de parede velho, sujo e rasgado. Lembro-me como se fosse ontem que estavas sentado na terceira cadeira a contar do fundo, junto à janela que tem vista para o monte. Eras tu e a tua ousadia de nem pestanejar. Mais uma vez eu gostei de ti. Só não sabia que tu eras eu há uns anos atrás.
May Rose, 27 de Novembro, 2012
muito obrigada querida :)
ResponderEliminaroh obrigada linda :) este texto está lindo, está fantástico, está fofinho e encantador. oh doce, o teu carinho pela escrita é tão compensador para quem te lê *-*
ResponderEliminarmay,
ResponderEliminaramo tudo que escreves princesa! *
beijos <3
Identifiquei-me tanto e sim tenho a agradecer a força!
ResponderEliminarObrigada pequena may <3
ResponderEliminaré a verdade ! este teu cantinho é fantástica esta tua escrita !
ResponderEliminardeixas-me cada vez mais sem palavras..
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