Hoje senti verdadeiramente que me fugiste pelas mãos e trilhaste um caminho sozinho, paralelo ao meu. Enganei-me quando pensei que ficarias sempre à minha espera, mesmo que eu nunca voltasse aos teu braços. Enganei-me quando achei que na tua cabeça eu seria sempre o primeiro pensamento quando alguém te falaria em amores impossíveis. É tão egoísta da minha parte querer-te sempre ali, sentado no banco mais próximo, nunca cansado da espera. Mas ainda mais egoísta é não querer que sejas feliz com outra pessoa a teu lado, mesmo que essa pessoa seja alguém que te ofereça o mundo sem pedir nada em troca.
Hoje senti que te perdi de uma forma que nunca antes tinha imaginado que seria possível perder-te, para alguém que não eu. E enquanto, lá fora, o Inverno vai dando lugar à Primavera, os dias vão começando a ficar maiores, mais espaço te dão para estares com ela. Um dia o meu nome já não fará sentido no teu diálogo, nem a minha imagem aparecerá na tua memória e é isso que me destrói por dentro: eu queria ser eterna em ti. Eternamente o amor impossível que não estava destinado a ser consumado, mas em vez disso, passei a ser um passado sem lembrança.
Hoje senti que fui esquecida sem querer ser e, de tudo o que existe no mundo, é isso que mais me magoa. Ser uma luz apagada no meu da escuridão.
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