sexta-feira, 17 de junho de 2016

Eu poderia ter continuado, mas decidi parar

É preciso deixar ir. Soltar. Ser o primeiro a dizer "podes ir". Ter o pulso firme de certeza de que o mais feliz será o primeiro a deixar voar. Não o primeiro a voar. A determinado momento, depois de calculadas todas as fórmulas que deram errado, irás perceber que é impossível manter o que não está destinado a ficar junto. Eu poderia ter continuado a apertar a ferida na esperança que a mesma sarasse, mas estaria a ignorar toda a dor que tudo isso me trazia. Eu poderia ter continuado a remar pelos dois mas estaria a ignorar o facto de que existem dois remos. Um para mim. Outro para ti. 
Eu poderia ter ficado triste pelo nosso fim. Ter-te culpado por não me teres dado a força e segurança que eu precisava, mas hoje, respiro uma liberdade acolhedora e sinto-me em paz. Se te amo? Amo, amo-te ao ponto de saber que tu e eu somos mais felizes sem sermos tu e eu e que sempre que ficamos juntos destruímos tudo o que resta de nós.
Hoje sei que o amor é deixar ir quando já não há motivos para ficar. Hoje sei que irei ser sempre tua e tu irás ser sempre meu, mas longe. 

3 comentários:

  1. é preciso uma força imensa para se escrever isto, para se pensar isto. se a tens - admiro-te. esta é a essência do amor, a primeira lei do verbo amar, e poucos são aqueles que o fazem. que tenhas sempre esta coragem heróica e que continues a ler-me quando ela faltar. um beijinho grande de força!

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Para a Rosarinho:

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