quinta-feira, 3 de julho de 2014

4 Julho, 2014

Gostava de ser tão transparente como tu meu Deus. Levitar e pairar sobre o que nada mais me incomoda. Ser menos um incómodo na sociedade bendita e escravizada pelos sinistros vermes que a habitam. É presságio. É maldição. Por um breve momento desapareço e quando regresso as bocas enchem-se de fome de maldade. Sangue velho com novas histórias. Podia não ser nada mas é tudo tão rápido que sinto risos a ecoar ... como sinos ... e magoam e maltratam.
Já não sou minha, sou vossa. Nada tenho para dar senão as minhas diferenças que precisam de ser julgadas, apontadas (...) algumas ainda dormem na indiferença, permanecem ocultas do exterior. Tenho pena de ter mudado, mas o contexto transforma a pessoa. E continuo a querer ser um nada de todos.
Mas e eu? Gostava de ser uma brisa de alivio de quem já não consegue lidar mais com a vida. Baptizarem-se em meu nome e desenterrar o que eu fui, mas que não sou mais. O que fui morreu. O que sou, morre lentamente. O que serei nunca quererei saber, porque sei que não serei o que quero ser.

4 comentários:

  1. Nunca vamos dar valor às coisas no tempo certo, infelizmente :/

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  2. oh princesa e eu tuas! continuo sem perceber porque é que nao recebo as atualizações do teu blog no meu painel de blogger! já tinha saudades de passar por aqui, a tua escrita continua um mimo

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  3. eu infelizmente não tenho vindo muito por cá.. a inspiração já não é o que era! mas sim reparo que o meu painel de atualizações anda bastante parado, é raro ter algo de novo para ler..

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  4. digo-te o mesmo, querida May. tão bom encontrar pessoas assim por aqui, ainda.

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Para a Rosarinho:

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