sábado, 4 de junho de 2011

As voltas de uma vida - I parte


Mensagem enviada - Mais uma de tantas que eu te enviei naquele dia e sem uma única resposta, a preocupação já era grande por si só, agora sem uma resposta tornou-se penosa.
Não estava habituada a ter-te tão longe durante imenso tempo, estava a custar-me viver assim, mas sabia que estavas feliz por estares a realizar um sonho, independentemente de estares ou não a meu lado.
O telemóvel não vibrava, a ansiedade aumentava a cada minuto que passava, não tinha pensamentos fixos, eram misturas de pesadelos que vaguevam pela minha mente e que faziam acelarar o meu coração.
Não pedia um "Olá amor" nem um "Amo-te", apenas queria um "estou bem", queria uma junção de palavras que acalmassem o que sofre por ti, o meu coração já era frágil por sinal e com tanta espera tornou-se complicado respirar... Já passava da meia noite, tu nunca me tinhas deixado de falar durante um dia inteiro, algo estava mal e não era eu que estava a complicar, o tempo estava a passar tão lentamente, a minha boca já estava seca e o meu coração batia como um louco e desesperado orgão apaixonado e preocupado.
Nem o meu sofá, nem os chocolates conseguiram acalmar-me - uma coisa que acontece sempre - nem as nossas fotografias, nem as tuas mensagens antigas, o desespero era maior, muito maior que eu já sentia as pernas a tremer e inconscientemente já estava à espera de uma má notícia.
O silêncio predominava, invadira a minha casa, ou melhor dizendo, a nossa casa e instalara-se no nosso quarto ... vagueava pela casa a dentro, seguia os meus passos e intimidava-me com a sua força.
Se soubesses o quanto eu não queria que tivesses ido, se soubesses o quanto me custa esperar por ti sósinha sem saberes por onde andar - algures por aí - eu nunca te o disse, no fundo sempre esperei que o descobrisses mas o meu sorriso falso encobriu as minhas dúvidas à cerca de te deixar ir ...
Afinal que se terá passado, qual o motivo de não receber uma mensagem tua? Diz-me, digam-me, eu não aguento mais...

(fictício, continua...)

8 comentários:

  1. gosto imenso do que estás a escrever, aserio. Adoro mesmo! :)

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  2. Muito bonito seu texto, em algumas partes deles dá pra ter a impressão que você fala português de portugal, por causa dos verbos falados de modo diferente dos daqui...

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  3. Não há motivo, nunca sabemos qual é, era preferível mandar a dizer: não posso falar, do que o terrível silencio :S

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Para a Rosarinho:

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